Hipertireoidismo na gestação

Autores

  • Bárbara B. G. Raskovisch Bártholo Programa de Pós-graduação em Ciências Médicas. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Denise L. M. Monteiro Disciplina de Obstetrícia. Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO). Teresópolis, RJ, Brasil. Disciplina de Obstetrícia. Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Alexandre J. B. Trajano Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Medicina. Universidade Unigranrio. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.12957/rhupe.2014.12131

Resumo

O objetivo desta revisão é destacar que a identificação precoce do hipertireoidismo na gestação possibilita início precoce de tratamento, evitando graves consequências para a saúdematerno-fetal. A prevalência de hipertireoidismo na gestação varia entre 0,1% a 0,4% e pode se manifestar clinicamente como hipertireoidismo subclínico, tireotoxicose e crise tireotóxica.O diagnóstico é suspeitado pela ocorrência de perda de peso, sudorese, ansiedade, taquicardia, hipertensão arterial e aumento do volume da tireoide, sendo confirmado por supressão ou não detecção dos níveis séricos de TSH e por elevação do T4L. O TRAb deverá ser solicitado quando a etiologia for desconhecida, nas pacientes submetidas a tratamento com iodo radioativo ou tireoidectomia por doença de Graves (DG) antes da gestação ou com achados clínicos compatíveis com a doença. As gestantes com hipertireoidismo devem ser acompanhadas com dosagem de TSH, T4L e T3L na primeira consulta de pré-natal e mensalmente. O tratamento do hipertireoidismo baseia-se no uso de propiltiouracil (PTU) e metimazol (MMZ). No primeiro trimestre de gestação deve-se usar o PTU devido aos efeitos do MMZ em nível embrionário. Entretanto, o PTU deverá ser substituído pelo MMZ após este período por sua hepatotoxicidade. Pacientes em uso de PTU devem ter as enzimas hepáticas monitoradas durante o tratamento a cada quatro semanas assim como a função tireoidiana. O diagnóstico precoce, a identificação da etiologia e o tratamento precoce e adequado do hipertireoidismo são importantes para evitar complicações como: crise tireotóxica, abortamento, hipertensão gestacional, baixo peso ao nascer, restrição de crescimento intrauterino, natimortalidade, disfunção tireoidiana neonatal, parto prematuro e descolamento prematuro de placenta.

Descritores: Hipertireoidismo; Gravidez; Tratamento.

 

Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13(3):72-79

doi: 10.12957/rhupe.2014.12131

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Publicado

2014-07-29