Quedas em idosos: prevalência e fatores associados

Autores

  • Alfredo Cunha Laboratório de Pesquisa em Envelhecimento Humano - GeronLab. Departamento de Medicina Interna. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Roberto Lourenço Departamento de Medicina Interna. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.12957/rhupe.2014.10128

Resumo

O objetivo do presente estudo foi analisar a prevalência de quedas em idosos e os fatores associados às quedas. Queda foi definida como a mudança de uma posição para outra, de nível inferior, caracterizando uma síndrome geriátrica. Foi observada alta prevalência de quedas em idosos vivendo na comunidade – 30 a 40% em pessoasacima de 65 anos, sendo que a metade chegou a cair mais de uma vez. A prevalência aumentou com a idade, chegando a 50% acima dos 80 anos. Na União Europeia, ocorrem, por ano, perto de 40.000 mortes de idosos devido a quedas. Os idosos com mais de 80 anos têm uma taxa de mortalidade associada a quedas seis vezes mais alta do que os idosos entre os 65 e 79 anos, por caírem mais vezes e serem mais frágeis. Nos Estados Unidos a prevalência foi de 30%, aumentando para 50% a partir dos 75 anos. A prevalência de quedas aumentaem subgrupos portadores de deficiência física. No Brasil, diversos autores observaram prevalência entre 30 e 60%. A condição justificou o estudo por sua alta prevalência, suas consequências, sequelas e alto custo. Os fatores associados às quedas em idosos foram identificados através de revisões sistemáticas, tendo sido valorizados doisgrupos: intrínsecos e extrínsecos. Os primeiros incluíram fatores hemodinâmicos, uso de medicamentos, doenças neurológicas, doenças neurosensoriais e doenças osteomusculares. Entre os fatores de risco extrínseco citou-se iluminação inadequada, piso escorregadio, objetos ou móveis em locais inadequados e escadas e rampas sem as adequadas adaptações. Concluiu-se que a prevalência de queda em idosos varia de 14% (estudos populacionais europeus) até 50% ou mais em idosos acima de 80 anos internados em instituições de longa permanência. A identificação dos fatores de risco dependeu do ambiente, do perfil da população de estudo e do tipo de estudo.

Descritores: Acidentes por quedas; Idoso; Epidemiologia; Fatores de risco.

 

Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13(2):21-29

doi: 10.12957/rhupe.2014.10128

Biografia do Autor

Alfredo Cunha, Laboratório de Pesquisa em Envelhecimento Humano - GeronLab. Departamento de Medicina Interna. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Laboratório de Pesquisa em Envelhecimento Humano- GeronLab. Departamento de Medicina Interna. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade doEstado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Roberto Lourenço, Departamento de Medicina Interna. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Departamento de Medicina Interna. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

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Publicado

2014-03-31