A avaliação clínica do idoso que cai

Autores

  • Emylucy Paradela Departamento de Medicina Interna. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.12957/rhupe.2014.10120

Resumo

O envelhecimento pode provocar alterações que impactam negativamente o equilíbrio e a marcha, aumentando assim a vulnerabilidade dos idosos às quedas. Muitos idosos não relatam dificuldades para andar durante uma consulta médica, alguns não referem já terem caído por acharem que este é um problema normal que faz parte do envelhecimento e por desconhecerem intervenções que possam minimizar o problema. A instabilidade postural é considerada uma síndrome geriátrica com sinais e sintomas próprios e com etiologia multifatorial. Uma queda em um indivíduo idoso pode ser considerada um evento sentinela ou um sinal de alerta anunciando um declínio funcional, um quadro infeccioso assintomático, o efeito adverso de um medicamento ou uma patologia subjacente sem sinais e sintomas clássicos. O exame físico de um idoso começa antes mesmo de sua entrada no consultório. O médico deve estar atento à maneira que ele se levanta da cadeira e anda, se precisa de ajuda para se levantar ou se usa algum aparelho para auxiliar a marcha. A avaliação do equilíbrio e das alterações da marcha, assim como a investigação da ocorrência de quedas em idosos deve ser muito cuidadosa; durante a entrevista clínica o médico deve perguntar diretamente sobre problemas do equilíbrio, marcha e ocorrência de quedas, assim como conhecer as circunstâncias em que ocorreram. Habitualmente as quedas são consequências de distúrbios do equilíbrio e da marcha, algumas delas são típicas de patologias específicas, por isto, a observação cuidadosa da marcha pode auxiliar o médico a elaborar hipóteses diagnósticas mais prováveis a fim de propor intervenções preventivas.

Descritores: Envelhecimento; Acidentes por quedas; Marcha; Equilíbrio postural.

 

Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13(2):45-52

doi: 10.12957/rhupe.2014.10120

Biografia do Autor

Emylucy Paradela, Departamento de Medicina Interna. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Departamento de Medicina Interna. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio deJaneiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

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Publicado

2014-03-31