Justiça reprodutiva e democracia: reflexões sobre as estratégias antigênero no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/rep.2022.68516

Resumo

Neste artigo, nos propomos analisar as estratégias antigênero utilizadas pelos movimentos reacionários e teocráticos de bases cristãs brasileiras para instrumentalizar sua permanência na esfera pública em um regime neoliberal. Em contraposição às teorias do backlash, argumentamos que tais estratégias não podem ser compreendidas apenas como respostas ao avanço dos movimentos feministas e LGBT, uma vez que são constitutivos da resistência inercial e justificadores de uma ordem política patriarcal, racista e desigual. Para tanto, discutimos em maior profundidade dois episódios: o caso da menina de 10 anos, que quase teve seu direito ao aborto legal negado no Espírito Santo em 2020, e a tentativa de ocupar o Supremo Tribunal Federal com ministros antigênero.

Palavras-Chave: Ideologia de gênero; backlash; aborto; antigênero; democracia.

Biografia do Autor

Gabriela Rondon Rossi Louzada, Anis - Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero

Anis - Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero, Brasília, DF, Brasil. E-mail: g.rondon@anis.org.br. ORCID: http://orcid.org/0000-0002-9584-8690.

Luciana Stoimenoff Brito, Anis - Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero

Anis - Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero, Brasília, DF, Brasil. E-mail: l.brito@anis.org.br. ORCID: http://orcid.org/0000-0001-8752-2386.

Downloads

Publicado

25-07-2022

Como Citar

Louzada, G. R. R., & Brito, L. S. (2022). Justiça reprodutiva e democracia: reflexões sobre as estratégias antigênero no Brasil. Revista Em Pauta: Teoria Social E Realidade contemporânea, 20(50), 137–153. https://doi.org/10.12957/rep.2022.68516

Edição

Seção

Artigos - Dossiê Temático | Articles - Thematic Dossier