A invenção do dispositivo da transexualidade: produção de “verdades” e experiências trans

Autores

  • Maria de Fátima Lima Santos

DOI:

https://doi.org/10.12957/rep.2011.2937

Resumo

Partindo da ideia de dispositivo no pensamento de Michel Foucault, este artigo apresenta uma breve genealogia da transexualidade mapeando sua emergência e visibilidade, principalmente a partir da segunda metade do século XX. O objetivo central consiste em cartografar as diferentes classificações, caracterizações e intervenções que foram decisivas na construção da transexualidade enquanto uma “disforia de gênero” e/ou um “transtorno de identidade de gênero”, reduzindo as possibilidades de expressões das transexualidades a uma patologia. Nesse sentido, a consolidação da norma psiquiátrica se constituiu a partir de diferentes redes relacionais envolvendo disputas de saberes, categorias científicas, relações de poder, diferentes práticas de intervenção, principalmente no campo europeu e norte-americano. No entanto, é possível perceber na contemporaneidade movimentos rumo a “despatologização” da transexualidade, exercício este que requer a compreensão da invenção da transexualidade, bem como as subversões normativas que compõem o dispositivo.

Biografia do Autor

Maria de Fátima Lima Santos

 Antropóloga, doutora em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IMS/UERJ) e professora adjunta da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/Macaé)

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Publicado

03-04-2012

Como Citar

Santos, M. de F. L. (2012). A invenção do dispositivo da transexualidade: produção de “verdades” e experiências trans. Revista Em Pauta: Teoria Social E Realidade contemporânea, (28), 117–130. https://doi.org/10.12957/rep.2011.2937

Edição

Seção

Diversidade Sexual e de Gênero