A clínica como poiética

Autores

  • Mônica Botelho Alvim UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2012.8234

Palavras-chave:

Gestalt-terapia, Merleau-Ponty, Instituição, Psicologia clínica, Corpo

Resumo

Um dos temas fundamentais na clínica diz respeito à produção de sentido. Quando Merleau-Ponty enfatiza a noção de carne, propõe uma espécie de passividade do eu ao campo, a um ser bruto que comporta eu e outro, cultura, historicidade, temporalidade. Afirma a necessidade de passar da erlebnisse (vivência) à stiftung (instituição), colocando acento num tipo de produção de sentido que é gênese espontânea, diferenciação, criação a partir da diferença. Neste trabalho discutimos a clínica da Gestalt-terapia em diálogo com essas propostas e as questões contemporâneas, para propor a clínica como lugar de criação, que visa permitir o nascimento espontâneo do sentido como fala falante e desviante; a gênese do sentido como instituição que nos garante o pertencimento com o outro a um mesmo mundo. É nesse sentido que podemos pensar em uma ética da criação na diferença – uma clínica como poiética.

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Publicado

01-09-2012

Como Citar

Alvim, M. B. (2012). A clínica como poiética. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 12(3), 1007–1023. https://doi.org/10.12957/epp.2012.8234