Precarização e Plataformização do Trabalho: Efeitos Entre Homens Trabalhadores do Sexo pela Internet

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2022.71760

Palavras-chave:

homens, mercado do sexo, direitos sociais, plataformização, online

Resumo

O mercado do sexo é amplo e não se resume à prostituição e, em geral, a pesquisa acadêmica é vinculada ao trabalho realizado presencialmente. Com a pandemia de Covid-19 plasmada com as políticas neoliberais vinculadas ao trabalho, houve maior migração das práticas para o ambiente online. Nesse sentido, este artigo almeja refletir sobre as vivências profissionais e histórias de vida dos homens trabalhadores sexuais participantes, correlacionando-as com as políticas de desmonte de direitos sociais e a plataformização do trabalho, majoradas pela pandemia de Covid-19. Realizou-se exploração preliminar do ambiente online do mercado do sexo e, após, procedeu-se às entrevistas narrativas com 5 homens trabalhadores sexuais, que utilizam o Twitter e o OnlyFans para venda de seus serviços. Percebeu-se que a implementação dessas políticas junto com o trabalho plataformizado vulnerabilizam a categoria já marginalizada; que os processos de uso de redes sociais para o trabalho oportunizam o colamento de uma posição influencer dos trabalhadores sexuais, em busca de engajamento; e o mercado sexual transnacional ganha configuração digital, mas mantém recortes raciais e coloniais.

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Publicado

15-12-2022

Como Citar

Oliveira-Soares, G. A., & Pizzinato, A. (2022). Precarização e Plataformização do Trabalho: Efeitos Entre Homens Trabalhadores do Sexo pela Internet. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 22(4), 1539–1559. https://doi.org/10.12957/epp.2022.71760

Edição

Seção

Dossiê Psicologia, Política e Sexualidades: crises, antagonismos e agências