A Colonização dos Corpos e dos Afetos pelo Capitalismo: Um Debate Necessário

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2022.69561

Palavras-chave:

consumo, colonização, resistência, psicologia, sustentabilidade

Resumo

O presente estudo teórico tem por objetivo problematizar uma prática consolidada no contemporâneo: o consumo. Longe de responder à satisfação de necessidades básicas, as práticas de consumo são engendradas por uma série de enquetes realizadas por áreas como o marketing, a publicidade e o design. Elas visam não apenas conhecer as expectativas dos consumidores, mas também incutir neles o prazer de consumir, valendo-se de elementos simbólicos, afetivos e subjetivos. A argumentação teórica deste estudo, pautada na Psicologia Social, percorre o seguinte trajeto: primeiro, busca-se compreender o processo de colonização pela via do consumo atentando para como elas incidem sobre os corpos e os afetos. Na sequência, é colocada em análise a complexa relação com o que chamamos de estrangeiro, que pode tomar contornos colonizadores, mas também engendrar outras sensibilidades e maneiras de se vincular ao mundo. Ao final do estudo constata-se o quanto o sujeito contemporâneo deixa-se colonizar pelas promessas midiáticas de felicidade, satisfação e prazer que são proclamadas de maneira idealizada nas campanhas publicitárias em favor do consumo. Isso coloca à Psicologia Social o desafio de dar visibilidade aos processos de colonização, analisando criticamente os efeitos estéticos, afetivos, econômicos e políticos gerados para a população e para o planeta.

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Publicado

30-09-2022

Como Citar

Mansano, S. R. V., & Carvalho, P. R. de. (2022). A Colonização dos Corpos e dos Afetos pelo Capitalismo: Um Debate Necessário. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 22(3), 1062–1080. https://doi.org/10.12957/epp.2022.69561

Edição

Seção

Psicologia Social