Estados incomuns de consciência em parturientes: a partolândia enquanto potencial para o desenvolvimento da mulher

Autores

  • Leonardo Xavier de Lima e Silva Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
  • Aurino Lima Ferreira Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
  • Luiziane Souza Vasconcelos de Lima Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2018.38816

Palavras-chave:

consciência, parto, desenvolvimento, empoderamento, espiritualidade

Resumo

A assistência ao parto passou por importantes transformações nos últimos séculos. Neste processo, o modelo tecnocrático tornou-se hegemônico, promovendo uma atitude passiva nas mulheres. Evidências mostram, entretanto, que em trabalho de parto a mulher é tomada por estados incomuns de consciência, conhecidos como partolândia, que a tornam ativamente apta ao efetivo trabalho de parto, e a uma experiência de vida positivamente marcante. Objetivou-se discutir como a emergência desses estados potencializa melhores desfechos de parto e promove o crescimento pessoal da mulher. Assim, realizou-se reflexão teórica baseada no modelo integral de Wilber, na teoria do território de nascimento de Fahy, levando em conta os modos contemporâneos de assistência ao parto (Davies-Floyd), e uma visão arquetípica de transformação feminina (Nogueira). A partolândia apresenta-se enquanto modificação na percepção de espaço e tempo, emocionalidade e intuição aguçadas, insights psíquicos, revivescência de traumas etc. Conhecer os estados de consciência da mulher no parto, e os meandros do território de nascimento no qual emergem, pode auxiliar na assistência à parturição, além de viabilizar transformações que impliquem em desenvolvimento psicológico para a mulher.

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Publicado

31-12-2018

Como Citar

Lima e Silva, L. X. de, Ferreira, A. L., & Lima, L. S. V. de. (2018). Estados incomuns de consciência em parturientes: a partolândia enquanto potencial para o desenvolvimento da mulher. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 18(2), 624–644. https://doi.org/10.12957/epp.2018.38816

Edição

Seção

Psicologia Clínica e Psicanálise