Os Primórdios da Psicanálise e a insuficiência do descritivismo

Autores

  • Samira Pontes Universidade Federal de São João del Rei – UFSJ
  • Roberto Calazans Universidade Federal de São João del Rei – UFSJ

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2016.24841

Palavras-chave:

psicanálise, descritivismo, diagnóstico diferencial

Resumo

A problemática perpassada neste trabalho refere-se ao questionamento, a partir da Psicanálise, da insuficiência do postulado descritivista que orienta a nosografia psiquiátrica do Manual Diagnóstico e Estatísticos de Transtornos Mentais (DSM), no que tange ao estabelecimento de um diagnóstico diferencial. Buscamos, nos textos pré-psicanalíticos de Freud, demonstrar que em seu esforço inicial de sistematização teórica e clínica, o autor já apontava a insuficiência de uma nosografia sintomática meramente descritiva, uma vez que a descrição pura dos sinais e sintomas de uma patologia não permite uma articulação inteligível, entre aquilo que se apresenta como fenômeno clínico, e os aspectos estruturais. Apresentamos também as formulações iniciais sobre a psicose, evidenciando o esforço freudiano no sentido de uma sistematização de seu diagnóstico diferencial. Se é no âmago das distinções das estruturas clínicas que se opera um diagnóstico diferencial, o descritivismo inviabiliza sua articulação ao promover a descaracterização das diferenças estruturais.

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Publicado

21-07-2016

Como Citar

Pontes, S., & Calazans, R. (2016). Os Primórdios da Psicanálise e a insuficiência do descritivismo. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 16(1), 240–259. https://doi.org/10.12957/epp.2016.24841

Edição

Seção

Psicologia Clínica e Psicanálise