Por uma psicologia não moderna: o PesquisarCOM como prática meso-politica

Autores

  • Ronald Arendt UERJ
  • Marcia Moraes Universidade Federal Fluminense - UFF
  • Alexandra Tsallis UERJ

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2015.20237

Palavras-chave:

subjetividade, meso-política, pesquisarCOM

Resumo

O objetivo deste artigo é investigar possíveis contribuições da filósofa belga Isabelle Stengers para a construção do pesquisarCOM, um modo de fazer psicologia proposto por Moraes (2010). Partindo-se das noções de subjetividade e meso-política, afirmadas pela filósofa, o artigo indica que uma psicologia não moderna se torna possível se compreendermos o dispositivo de pesquisa não como um arranjo, que separa sujeito e objeto, mas como uma prática que não cessa de agenciar elementos heterogêneos. Investindo na meso-política, como uma política de vínculos, o artigo assevera que o pesquisarCOM é uma prática meso-política. FazerCOM o outro a pesquisa em psicologia é um modo de pôr em cena uma psicologia não moderna, isto é, uma psicologia cujas práticas passam ao largo das clássicas separações entre sujeito e objeto, pesquisador e pesquisado. O artigo conclui com um exemplo de uma Oficina de Experimentação Corporal com pessoas cegas e com baixa visão, inscritos numa instituição de reabilitação para pessoas com deficiência visual, insistindo que pesquisar é transformar-se no encontro com o outro, é fazer proliferar um mundo mais denso, que não estava dado de antemão, um mundo inantecipável, tecido de elementos heterogêneos, díspares, humanos, não humanos, ciborgues.

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Publicado

20-12-2015

Como Citar

Arendt, R., Moraes, M., & Tsallis, A. (2015). Por uma psicologia não moderna: o PesquisarCOM como prática meso-politica. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 15(4), 1143–1159. https://doi.org/10.12957/epp.2015.20237