Direito à cidade e expansão urbana: interferência do Plano Diretor na atuação dos agentes produtores do espaço em Aracajú-SE, Brasil

Autores

  • Sarah Lucia Alves França Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal Fluminense - PPGAU/UFF Professora Adjunta do Departamento de Arquitetura e Urbanismo - DAU da Universidade Federal de Sergipe – CampusLar. Líder do Centro de Estudos, Planejamento e Práticas Urbanas e Regionais – CEPUR.

DOI:

https://doi.org/10.12957/rdc.2019.43113

Palavras-chave:

Direito à Cidade, Plano Diretor, Expansão urbana, Estado, Mercado Imobiliário.

Resumo

Semelhante à maioria das cidades brasileiras, a expansão urbana de Aracaju-SE obedeceu à lógica dos agentes imobiliários e do Estado, privilegiando interesses econômicos e caracterizando-se como um campo de lutas e disputas sócioespaciais. A legislação através da obrigatoriedade do Plano Diretor em 2000, aponta diretrizes pautadas no controle do uso e ocupação do solo, liberando e restringindo a escolha das áreas apropriadas pelo mercado para construção de condomínios fechados, ou pelo Estado para implantação de conjuntos habitacionais e de infraestrutura. Assim, este artigo busca analisar o papel do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano – PDDU da capital sergipana, como impulsionador da atuação da Prefeitura e do capital imobiliário no processo de expansão e, este se constitui num instrumento de efetivação do direito à cidade. Observa-se, nos últimos anos, que o PDDU, através do macrozoneamento e seus índices, tem permitido a ocupação para áreas com precária infraestrutura e acessibilidade, presença de grandes vazios e elementos ambientais. De fato, o crescimento fragmentado é fruto de uma legislação ineficaz, que reforça a segregação e exclusão social. Para o desenvolvimento deste, foram realizados levantamentos documentais referentes à legislação e aos empreendimentos, quantificando-os e mapeando-os a fim de subsidiar a análise desse referido processo.

Biografia do Autor

Sarah Lucia Alves França, Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal Fluminense - PPGAU/UFF Professora Adjunta do Departamento de Arquitetura e Urbanismo - DAU da Universidade Federal de Sergipe – CampusLar. Líder do Centro de Estudos, Planejamento e Práticas Urbanas e Regionais – CEPUR.

Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Tiradentes (2004) e especialista em Planejamento Urbano e Gestão das Cidades pela Universidade Salvador-UNIFACS, Mestre e Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal Fluminense/RJ. Professora adjunta do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Sergipe e Líder do Centro de Estudos de Planejamento e Práticas Urbanas e Regionais – CEPUR. Avaliadora da Revista Direito à Cidade, Becária Tesista do Lincoln Institute of Land Policy, Membro da Rede Latino Americana de Investigadores sobre Teoria Urbana, e integrante de grupos de pesquisa em cidades, planejamento urbano e ambiental e direito urbanístico. Conselheira Estadual do CAU-SE e membro das Comissões de Ética, Ensino e Formação, e Política Urbana e Ambiental. Tem experiência em Projetos de Arquitetura e Urbanismo, Planejamento Urbano e Regional, em ênfase em Planos Diretores, Planos de Habitação, Planos de Governo e Diagnósticos Urbanos e Ambientais.

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Publicado

2020-02-28

Como Citar

França, S. L. A. (2020). Direito à cidade e expansão urbana: interferência do Plano Diretor na atuação dos agentes produtores do espaço em Aracajú-SE, Brasil. Revista De Direito Da Cidade, 11(4), 84–113. https://doi.org/10.12957/rdc.2019.43113

Edição

Seção

Artigos/Articles/Artículos