PRÁTICAS CONTÁBEIS DE EMPRESAS BRASILEIRAS ANTES E APÓS A ADOÇÃO DAS NORMAS INTERNACIONAIS

Autores

  • Júlia Alves e Souza Universidade Federal do Espírito Santo
  • Alfredo Sarlo Neto Universidade Federal do Espírito Santo
  • Luiz Henrique Fernandes Vargas Universidade Federal do Espírito Santo
  • Gladyson Brommoschenkel Demonier Universidade Federal do Espírito Santo

DOI:

https://doi.org/10.12979/7962

Resumo

Este trabalho objetiva verificar a forma pela qual, determinadas práticas contábeis foram apresentadas pelas empresas antes e após o processo de harmonização da contabilidade brasileira aos padrões internacionais. O estudo tem caráter exploratório, predominantemente qualitativo, e foi realizado a partir de fontes documentais (demonstrações financeiras anuais completas), referentes aos anos de 2007 e 2010. São abordadas 74 empresas pertencentes a cinco diferentes setores econômicos (telecomunicações, petróleo e gás, mineração, alimentos e energia elétrica), totalizando 148 relatórios contábeis anuais. Os dados foram interpretados através da análise do conteúdo das demonstrações financeiras de tais empresas, a partir de um check-list elaborado com base nas normas contábeis. Os resultados evidenciam expressivas alterações nas formas pelas quais as práticas contábeis foram apresentadas pelas empresas dos cinco setores analisados. Em 2010, há aumento significativo na quantidade dos itens de políticas contábeis apresentadas nas notas explicativas. Observa-se que, em relação a arrendamento mercantil, redução ao valor recuperável (impairment), propriedade para investimento e custo de empréstimo, houve substancial aumento na apresentação de informações do ano de 2007 para 2010. São investigadas, ainda, práticas específicas, revelando, por exemplo, que o critério de custo médio é o mais utilizado para a valoração dos estoques, que predomina o método linear de depreciação e que não há homogeneidade nos critérios de constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa. Com relação à divulgação de demonstrações, destacam-se, dentre outros achados, o predomínio da DFC (Demonstração dos Fluxos de Caixa) pelo método indireto, a inclusão da DRA (Demonstração de Resultados Abrangentes) por parte das empresas e que, em geral, a classificação das despesas na DR (Demonstração de Resultados) é apresentada por função.

Biografia do Autor

Júlia Alves e Souza, Universidade Federal do Espírito Santo

Mestre em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Espírito Santo - UFES

Alfredo Sarlo Neto, Universidade Federal do Espírito Santo

Doutor em Contabilidade e Controladoria pela Universidade de São Paulo - USP; Professor do Departamento de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Espírito Santo - UFES

Luiz Henrique Fernandes Vargas, Universidade Federal do Espírito Santo

Mestre em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Espírito Santo - UFES

Gladyson Brommoschenkel Demonier, Universidade Federal do Espírito Santo

Mestre em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Espírito Santo - UFES

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Publicado

2013-12-24

Como Citar

Souza, J. A. e, Sarlo Neto, A., Vargas, L. H. F., & Demonier, G. B. (2013). PRÁTICAS CONTÁBEIS DE EMPRESAS BRASILEIRAS ANTES E APÓS A ADOÇÃO DAS NORMAS INTERNACIONAIS. Revista De Contabilidade Do Mestrado Em Ciências Contábeis Da UERJ, 18(3), 55–76. https://doi.org/10.12979/7962

Edição

Seção

Artigos