COMPARAÇÃO DO DISCLOSURE DE CONTINGÊNCIAS ATIVAS E PASSIVAS NAS EMPRESAS BRASILEIRAS COM AÇÕES NEGOCIADAS NA BM&FBOVESPA E NA NYSE

Autores

  • Mariana Camilla Coelho Silva Castro Universidade Federal de Minas Gerais
  • Laís Karlina Vieira Universidade Federal de Minas Gerais
  • Laura Edith Taboada Pinheiro Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.12979/14459

Palavras-chave:

Disclosure, Ativos contingentes, Passivos contingentes

Resumo

Transformações vêm ocorrendo com a contabilidade tanto nacional quanto internacionalmente e tem provocado uma busca por maior disclosure por parte das empresas e dos investidores. Muitas empresas brasileiras, com o objetivo de captar investidores internacionais, estão negociando suas ações nas bolsas de valores americanas, exigindo adaptações em relação às informações divulgadas. Diante desse cenário, o presente trabalho analisou a ocorrência de divergência na divulgação de contingências ativas e passivas pelas empresas brasileiras que negociam suas ações tanto na BM&FBOVESPA quanto na NYSE. E, quando identificadas diferenças, foi verificado se as demonstrações financeiras publicadas no Brasil obedecem ao disclosure obrigatório exigido pelo CPC 25. Tal avaliação se deu por meio de pesquisa descritiva, bibliográfica e documental, com uma abordagem quantitativa. Em uma primeira etapa, as empresas que divulgaram informações relativas a ativos e passivos contingentes foram identificadas compondo uma amostra de 25 empresas de capital aberto. Em seguida, realizou-se uma leitura simultânea das demonstrações financeiras e dos relatórios 20F, com uma análise descritiva dos dados para o ano de 2013. Os resultados demonstram que, 10 empresas apresentaram diferenças na divulgação de contingências ativas e passivas nos relatórios, uma assimetria relacionada, principalmente, com a maior divulgação de informações e contingências no Relatório 20F. Em relação ao disclosure obrigatório exigido pelo CPC 25, dos relatórios que apresentaram diferenças, em média, foram divulgadas 50% das informações exigidas referentes às contingências ativas e 60% para as contingências passivas. Logo, conclui-se que as principais divergências se referem à quantidade de contingência divulgada, ao nível de detalhamento das informações e à declaração de informações mais completas no Relatório 20F. Esses resultados sugerem um tratamento diferenciado das informações divulgadas de acordo com o mercado, o que gera uma assimetria entre as informações divulgadas no Brasil e nos EUA.

Biografia do Autor

Mariana Camilla Coelho Silva Castro, Universidade Federal de Minas Gerais

Mestranda em Ciências Contábeis no Centro de Pós-graduação e Pesquisas em Contabilidade e Controladoria - CEPCON do Departamento de Ciências Contábeis da UFMG

Laís Karlina Vieira, Universidade Federal de Minas Gerais

Mestranda em Ciências Contábeis no Centro de Pós-graduação e Pesquisas em Contabilidade e Controladoria - CEPCON do Departamento de Ciências Contábeis da UFMG

Laura Edith Taboada Pinheiro, Universidade Federal de Minas Gerais

Professora Adjunta no Centro de Pós-graduação e Pesquisas em Contabilidade e Controladoria - CEPCON do Departamento de Ciências Contábeis da UFMG

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Publicado

2015-08-31

Como Citar

Castro, M. C. C. S., Vieira, L. K., & Pinheiro, L. E. T. (2015). COMPARAÇÃO DO DISCLOSURE DE CONTINGÊNCIAS ATIVAS E PASSIVAS NAS EMPRESAS BRASILEIRAS COM AÇÕES NEGOCIADAS NA BM&FBOVESPA E NA NYSE. Revista De Contabilidade Do Mestrado Em Ciências Contábeis Da UERJ, 20(2), 49–65. https://doi.org/10.12979/14459

Edição

Seção

Artigos