Interpretação crítico-fenomenológica da noção de valor na Teoria tridimensional do Direito de Miguel Reale
Resumo
O presente estudo se consubstancia numa interpretação ao modo crítico da noção de valor presente no pensamento de Miguel Reale em sua Teoria Tridimensional do Direito, com base nos aportes teóricos e metodológicos dos estudos da fenomenologia hermenêutica, desenvolvida por Martin Heidegger em Ser e Tempo (Sein und Zeit). Busca analisar se há consistência teorética na síntese proposta por Reale entre personalismo e historicismo axiológico, a partir das quais fundamenta o que denomina “invariantes axiológicas”. Para tanto, apresenta a noção de valor realena enquanto síntese a priori que possibilita a compreensão do ente pela correlação ontognoseológica entre sujeito-objeto e que se constitui como cultura pela objetivação da intencionalidade da consciência nos processos históricos. Pretende, assim, sugerir que ao fazer este movimento, Reale não supera as tradições kantiana e husserlena, como afirma superar, além de, também, não se manter estritamente fiel a tais tradições filosóficas, bem como que a síntese por ele querida é forçosa.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFDOI: https://doi.org/10.12957/publicum.2016.22557
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Direitos autorais 2017 Ricardo Afonso-Rocha, Iago dos Santos Moura-Melo, Carlos Roberto Guimarães

Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição - NãoComercial 4.0 Internacional.