O ENSINO DO GREGO MODERNO NAS UNIVERSIDADES DOS EUA: A QUEM PERTENCE OS PROGRAMAS DE GREGO MODERNO?

Resumo

Ao contrário dos Clássicos e do Grego Antigo, o interesse pela língua grega moderna e seu ensino, nas faculdades e universidades nos EUA, é muito mais recente e deriva principalmente do surgimento da literatura grega moderna no início do século XX. Kazantzakis, Cavafy, Palamas e, mais tarde, Seferis e Elytis desencadeiam, diacronicamente, o interesse dos investigadores nos E.U.A. e proporcionam uma ocasião muito boa para o estudo da língua grega moderna. Consequentemente, programas de Estudos do Grego Moderno foram desenvolvidos não estando necessariamente ligados aos Clássicos e  a seu prestígio, a fim de atrair os estudantes. Eles focaram principalmente, e ainda fazem, na literatura e em outros tipos de artes, para além da linguagem e permeando tudo isso, na história atual, como pode ser notado nos respectivos currículos.

Este artigo tenta abordar as características do ensino do Grego Moderno nos EUA, uma vez que isso é influenciado em um nível organizacional e acadêmico, devido à natureza especial das universidades americanas (“faculdades versus universidades”, “públicas versus privadas”). Argumenta-se que, devido ao financiamento insuficiente e apesar da alta pesquisa, os Programas de Estudos Gregos Modernos não conseguiram se tornar departamentos independentes e, por meio dessa estrutura, melhorar. Eles geralmente pertencem a departamentos de Estudos Clássicos ( como em Harvard e Georgetown), ou, menos freqüentemente, pertencem a departamentos de história (como em Rutgers), ou estudos de área (caso de Indiana University Bloomington), enfatizando principalmente o aspecto moderno do campo. Como afirmado, alguns programas gozam de maior independência (caso de Princeton), como eles cooperam com muitos departamentos, e, administrativamente, eles pertencem diretamente às Escolas e Faculdades de Humanidades em suas universidades.