CRACOLÂNDIA: HIPER-REALIDADE SOCIAL, DROGA E IGUALDADE

Autores

  • HENRIQUE FIGUEIREDO CARNEIRO

DOI:

https://doi.org/10.12957/polemica.2012.3728

Resumo

A partir do conceito de hiper-realismo os espaços conhecidos como Cracolândia são analisados à luz dos efeitos do discurso do consumo e da lógica capitalista de unificação de gozo do sujeito. Os elementos utilizados pela lógica do hiper-realismo quando aplicados aos espaços de aglomeração social no uso do Crack deixam transparecer uma promessa de igualdade de condições de acesso à droga, a subversão da lógica do mercado de consumo pelo fetiche acoplado ao ato de consumir e a instauração de um Superobjeto que captura o desejo e o metamorfoseia em necessidade. Por fim, este movimento pautado na ordem do consumo faz questionar o estatuto ético do sujeito para a psicanálise e o espaço estético da sociedade contemporânea.

Palavras-chaves: Crack, hiper-realismo, laço social, sujeito, necessidade, psicanálise.

Biografia do Autor

HENRIQUE FIGUEIREDO CARNEIRO

Professor Titular da Universidade de Fortaleza. Doutorado em Psicologia - Fundamentos y Desarrollos Psicoanalíticos - pela Universidad Pontificia Comillas Madrid.Estágio Sênior (pos-doc) no CNRS - CERMES3/ CESAMES - Université Paris V - Sorbonne. Vice-presidente da Associação Brasileira de Psicologia da Saúde. Pesquisador da ANPEPP - GT Psicopatologia e Psicanálise. Membro fundador da AUPPF. Coordenador do LABIO.Pesquisador CNPq. Professor Titular da Universidade de Fortaleza. Doutorado em Psicologia - Fundamentos y Desarrollos Psicoanalíticos - pela Universidad Pontificia Comillas Madrid (1997). Estágio Sênior (pos-doc) no CNRS - CERMES3/ CESAMES - Université Paris V - Sorbonne (2010-2011). Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Intervenção Terapêutica, atuando principalmente nos seguintes temas: psicanálise, dietética, subjetividade, mal-estar, laço social, saúde, violência e sujeito. Vice-presidente da Associação Brasileira de Psicologia da Saúde. Pesquisador da ANPEPP - GT Psicopatologia e Psicanálise. Membro fundador da AUPPF. Coordenador do LABIO e colaborador do LIPIS. Pesquisador CNPq. PQ2. Lider do Grupo de Pesquisa CNPq. Editor da Revista Mal-estar e Subjetividade. Autor dos livros: AIDS A nova desrazão da humanidade (Ed. Escuta, 2000), Que Narciso é esse? (Livro eletrônico CNPq, 2007- http://www.cnpq.br/cnpq/livro_eletronico/index.htm), A Soberania da clínica na psicopatologia do coitidiano - Org. - (Ed. Garamond, 2009) e O Erotismo e o Paraíso (Ed. As Musas, 2010).Editor da Revista Mal-estar e Subjetividade. Autor dos livros: AIDS A nova desrazão da humanidade (Ed. Escuta, 2000), Que Narciso é esse? (Livro eletrônico CNPq, 2007) http://www.cnpq.br/cnpq/livro_eletronico/index.htm), A Soberania da clínica na psicopatologia do coitidiano - Org. - (Ed. Garamond, 2009) e O Erotismo e o Paraíso (Ed. As Musas, 2010).Pesquisador Associado do LIPIS.

Publicado

2012-08-31

Como Citar

FIGUEIREDO CARNEIRO, H. (2012). CRACOLÂNDIA: HIPER-REALIDADE SOCIAL, DROGA E IGUALDADE. POLÊM!CA, 11(3), 371 a 384. https://doi.org/10.12957/polemica.2012.3728

Edição

Seção

LIPIS - Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa e Intervenção Social