POLÍTICAS PÚBLICAS DE POPULARIZAÇÃO DA CIÊNCIA E MOVIMENTOS ANTICIENTIFICISTAS NO BRASIL: UMA ANÁLISE DISCURSIVA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/periferia.2021.50074

Palavras-chave:

divulgação científica, anticientificismo, currículo, discurso

Resumo

O presente trabalho busca refletir sobre as relações entre o aumento das políticas públicas de popularização da ciência e os posicionamentos anticientificistas. Em um primeiro momento, são apresentadas diversas políticas públicas que, principalmente desde 2003, ampliaram o alcance da ciência na sociedade brasileira. Paralelamente, evidencia-se o crescimento do movimento anticientificista no Brasil, apresentado como um problema social grave, oriundo de disputas hegemônicas, que implica, por exemplo, no ressurgimento de doenças já controladas. Em uma perspectiva discursiva, este artigo articular-se com a ideia de não reduzir tais movimentos a farsa e sim, tentar compreender suas redes de formação discursivas. Leva-se em consideração que estes movimentos também se fazem presentes no âmbito educacional; logo, a educação é discutida em diferentes conjecturas, segundo a proposta de Gohn, a saber, educação formal, educação não-formal, e educação informal. A partir destas três categorias, reflete-se sobre a produção curricular como arena de disputa de sentidos, compreendendo que a popularização da ciência está atravessada/atravessa todos estes campos educacionais.

Biografia do Autor

Gustavo Diniz de Mesquita Taveira, Secretaria Municipal de Mangaratiba Universidade Federal do Rio de Janeiro

Mestre em Biociências pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e doutorando pelo Programa de Pós-graduação em Química Biológica (Educação, Gestão e Difusão em Biociências) da Universidade Federal do Rio de Janeiro e graduado em Licenciatura em Ciências Biológicas pela UERJ. Além disso, é professor do Ensino Básico e atua como Coordenador Técnico de Ciências Naturais na Secretaria Municipal de Educação de Mangaratiba. Tem experiência nas áreas: Divulgação Científica em espaço formal e não-formal de educação; Educação; Currículo, Políticas Públicas e Ensino de Ciências.

Gabriela da Silva Carneiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Gabriela Carneiro cursa graduação em Ciências Biológicas, modalidade Licenciatura, na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Realiza Iniciação Científica no Laboratório de Biologia Molecular e Bioquímica de Proteínas, no Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (UFRJ), sob orientação da Prof. Dr. Eleonora Kurtenbach.

Guilherme Pereira Stribel, Universidade Estácio de Sá

Guilherme Pereira Stribel (nome bibliográfico de Guilherme do Nascimento Pereira) é doutor em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (ProPEd - UERJ), sob orientação de Maria Isabel Ramalho Ortigão; mestre em Educação, Cultura e Comunicação, pela Faculdade de Educação da Baixada Fluminense/UERJ, sob orientação de Aura Helena Ramos; e licenciado em Geografia, cursando uma segunda graduação em Pedagogia. Possui experiência docente em nível superior em cursos de licenciatura presenciais e em EaD, atuando, principalmente nos campos da Educação em Direitos Humanos Currículo, Didática, Avaliação,Ensino de Geografia, Educação Ambiental e Formação de Professores. Também é membro do Grupo de Pesquisa Políticas de Avaliação, Desigualdades e Educação Matemática; e da Associação Brasileira de Currículo (ABdC).

Downloads

Publicado

2021-05-21

Como Citar

Taveira, G. D. de M., Carneiro, G. da S., & Stribel, G. P. (2021). POLÍTICAS PÚBLICAS DE POPULARIZAÇÃO DA CIÊNCIA E MOVIMENTOS ANTICIENTIFICISTAS NO BRASIL: UMA ANÁLISE DISCURSIVA. Periferia, 13(1), 387–409. https://doi.org/10.12957/periferia.2021.50074