EDUCAÇÃO PATRIMONIAL EM CONTEXTO PERIFÉRICO: Preservação da igreja de São Daniel em Manguinhos/ RJ
DOI:
https://doi.org/10.12957/periferia.2020.48752Palavras-chave:
patrimônio cultural, sociedade, território, educação patrimonialResumo
Este trabalho aborda a preservação do patrimônio cultural sob a ótica da educação patrimonial frente às mudanças socioculturais, políticas e ambientais em contexto periférico. Nesse sentido, é realizado um ensaio acerca da igreja de São Daniel Profeta, em contexto contemporâneo e em território conflagrado pela violência armada. Sua construção ocorreu no âmbito da década de 1960, por iniciativa do Estado da Guanabara, através de mobilização da primeira-dama, e representou a postura do Estado no desenvolvimento de políticas civilizatórias, atreladas à pedagogia cristã, aos habitantes das favelas e conjuntos proletários. Portanto, a existência da igreja influenciaria a vida dos moradores, por meio de seus símbolos, não se restringindo a uma construção populista idealizada para entreter a população, pois durante muitos anos possuiu intensa atividade cultural, como ponto turístico-religioso, regionalmente. Dada significância cultural, e autoria do projeto pelo renomando arquiteto Oscar Niemeyer, a igreja foi o primeiro tombamento de arquitetura moderna, realizado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural – INEPAC. Hoje se encontra descaracterizada formalmente, pela ampliação do seu processo de periferização e descaso pelos que deveriam zelar oficialmente por sua proteção. No entanto sua valorização e preservação são dadas através dos movimentos sociais e coletivos por parte dos fiéis e moradores da favela de Manguinhos, na cidade do Rio de Janeiro, local onde a “hóstia” está inserida. Dessa forma, as narrativas e memórias dos fiéis em torno das relações socioculturais com o bem em questão trazem a tona reflexões acerca da participação social e organização política nos processos patrimoniais em periferias urbanas.
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