CONSTRUCTOS FREIRIANOS ENLAÇADOS ÀS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFESSORES SOBRE O ENSINO DE LIBRAS

Autores

  • Andrea Pereira Silveira Universidade Federal do Pará
  • Ivany Pinto Nascimento Universidade Federal do Pará
  • Orquídea Coelho CIIE/Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade do Porto, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.12957/periferia.2020.47054

Resumo

Trazemos para o debate os constructos freirianos expressos nas representações sociais de professores acerca do ensino de Língua Brasileira de Sinais – Libras. Trata-se de um estudo pautado no seguinte problema de investigação: como são construídas as representações sociais de professores acerca do ensino de Libras, no ensino superior, e a reverberação destas em suas práticas pedagógicas? Buscamos como objetivo geral analisar as representações sociais de professores acerca do ensino de Libras e a reverberação destas em suas práticas pedagógicas. E de modo específico, nesse artigo, por meio de um recorte, almejamos destacar a perpectiva teórica freiriana evidenciada nas imagens e os sentidos que os professores apresentam sobre o ensino de Libras. Constitui-se em uma pesquisa de campo, de abordagem qualitativa, pautada nos aportes teórico-metodológicos da Teoria das Representações Sociais (TRS) enlaçada à Educação de Surdos e aos contributos de Freire (2013, 2018a, 2018b). O lócus compreende 5 campi de uma universidade pública localizada no estado do Pará, no Brasil. Os sujeitos são 10 professores de Libras que lecionam essa disciplina nos cursos de licenciaturas. A produção de dados associa a entrevista e a técnica de elaboração de desenhos. Na análise de dados empregamos a Análise de Conteúdo temática. Os resultados revelam que os sujeitos representam o ensino de Libras enquanto: dinamizador de acessibilidade e de mudanças metodológicas; semente do bilinguismo; e reconhecimento da diversidade. Por fim, consideramos, nessas representações, que o pensamento freiriano é latente nos constructos: diálogo, esperança, e superação da prática tradicional.

Biografia do Autor

Andrea Pereira Silveira, Universidade Federal do Pará

Licenciada Plena em Pedagogia (2006), Especialista em Tradução e Interpretação em LIBRAS/ Língua Portuguesa (2008) e Mestre em Educação (2011) pela Universidade do Estado do Pará - UEPA. Doutora em Educação pela Universidade Federal do Pará - UFPA (2019), com estágio doutoral sanduíche na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto - FPCEUP (2017), bolsa financiada pela CAPES, mediante o Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior - PDSE. Atualmente é Professora Adjunta da UFPA e Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação de Surdos - GEPESUR da UFPA. Pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em Juventude, Representações Sociais e Educação - GEPEJURSE da UFPA e integrante da Rede de Educação Inclusiva na Amazônia Paraense no Núcleo de Educação Popular - NEP da UEPA, vinculada à linha de pesquisa Educação Inclusiva e Diversidade. Tem experiência na área de Educação, no Ensino Fundamental e Superior. Atua com ênfase nos seguintes temas: Libras, Educação Bilíngue, Educação de Surdos e Representações Sociais em abordagem processual.

Ivany Pinto Nascimento, Universidade Federal do Pará

Bolsa Produtividade 2. Possui graduação em Licenciatura em Psicologia pela Universidade da Amazônia (1984), graduação em Formação de Psicólogo pela Universidade da Amazônia (1985), graduação em Licenciatura em Letras pela Universidade Federal do Pará (1978), mestrado (1998) e doutorado (2002 em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).Pós Doutorado (2011) pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Atualmente é consultoria ad hoc- Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior -CAPES e do INEP - Professora Associado III da Universidade Federal do Pará. Pesquisador associado da Fundação Carlos Chagas. Membro da Cátedra UNESCO sobre Profissionalização Docente. Coordena grupo de estudos e pesquisas sobre temas: juventude, Educação, identidade, Subjetividade, Representações Sociais, ensino-aprendizagem e projeto de vida. Consultora das revistas: Psicologia e Sociedade, Meckenzie, Colombiana sobre a Juventude.

Orquídea Coelho, CIIE/Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade do Porto, Portugal

Qualificação académica
2007 – Doutoramento em Ciências da Educação – Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade do Porto, Portugal
1998 – Mestrado em Ciências da Educação – Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade do Porto, Portugal
1995 – Licenciatura em Ciências da Educação – Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade do Porto, Portugal
1994 – CESE em Educação Especial – Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto, Portugal

Downloads

Publicado

2020-04-11

Como Citar

Silveira, A. P., Nascimento, I. P., & Coelho, O. (2020). CONSTRUCTOS FREIRIANOS ENLAÇADOS ÀS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFESSORES SOBRE O ENSINO DE LIBRAS. Periferia, 12(1), 130–155. https://doi.org/10.12957/periferia.2020.47054

Edição

REVISTA PERIFERIA, V. 12, N. 1, JAN./ABR. 2020 - ALTERIDADE E DIÁLOGO NA EDUCAÇÃO: BUBER, BAKHTIN E FREIRE

Seção

Dossiê

Licença

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

    1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
    2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
    3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).