Ciberleitura na educação básica: realidade possível?
DOI:
https://doi.org/10.12957/periferia.2019.39384Palavras-chave:
Leitura na Cibercultura. Dispositivos de formação. Ciberleitor.Resumo
Este artigo apresenta uma discussão sobre a leitura na cibercultura com base em uma pesquisa desenvolvida na Escola Estadual Antônio Gomes. Tem como objetivo mobilizar dispositivos de leitura que potencializem os multiletramentos de alunos do 5º ano do ensino fundamental. Para o desenvolvimento desse estudo trazemos a pesquisa-formação na cibercultura (SANTOS, 2014) com a concepção de uma pesquisa que se faz em ato, junto com o sujeito, na relação cidade-ciberespaço. Inspiramo-nos na abordagem multirreferencial (ARDOINO, 1998) na qual tecemos as redes de formação juntos com os sujeitos, construindo um olhar plural dos processos formativos, implicados como sujeitos-atores-autores em formação. Nesse processo nos afastamos de uma concepção de ciência que enquadra os conhecimentos em um padrão pré-definido e nos aproximamos de um “rigor outro” (MACEDO; GALEFFI; PIMENTEL, 2009), que considera as heterogeneidades dos sujeitos como parte do processo formativo e a diferença como potência na construção do conhecimento. A cibercultura entra assim como contexto que situa a pesquisa em uma cultura que faz parte do cotidiano, e como espaço de produção de conhecimento. Como metodologia apresentamos a leitura na cibercultura, os diálogos com professores e alunos e os dispositivos mobilizados para a potencialização das práticas de leitura. Concluímos que as práticas de leituras com uso das tecnologias digitais não são uma solução linear para os problemas de aprendizagens de leitura e escrita na escola, mas quando mediadas e intencionais possibilitam uma motivação e uma melhora gradativa na comunicação e produção de textual pelos alunos da educação básica.
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