HISTÓRIAS DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA: POR UM JORNALISMO QUE NARRA E DÁ VOZ
DOI:
https://doi.org/10.12957/periferia.2017.28994Palavras-chave:
comunicação, narrativas, mito, compreensão, inclusãoResumo
DOI: 10.12957/periferia.2017.28994
Este artigo propõe discussões sobre como, por meio da compreensão de narrativas míticas, dialógicas e produtoras de conhecimento, seremos capazes de contar histórias e tecer narrativas mais humanas e ternas no exercício do jornalismo. As narrativas míticas são histórias compartilhadas por toda a humanidade na tentativa de significar e dar respostas às questões humanas mais profundas. Argumenta-se, então, como as narrativas jornalísticas, a exemplo das míticas, podem tornar visíveis questões importantes como o reconhecimento das crianças com deficiência de modo inclusivo, com o objetivo de exercer real influência em nossa sociedade, e criar uma realidade, mais justa e igualitária, baseada no princípio do respeito às diferenças. Tendo como base teórica o pensamento de Carl Jung, Joseph Campbell, Karen Armstrong, Hannah Arendt, Martin Buber e Cremilda Medina, o texto traz indicações de como cultivar a compreensão na prática do jornalismo. Tomamos, como exemplo, os textos da jornalista Eliane Brum que quebram o paradigma do jornalismo tradicional, alterando seu foco e dando voz às pessoas antes esquecidas, narrando com afeto o que é estar vivo e afirmando o protagonismo e a importância de cada ser humano. São analisadas, ainda, duas matérias da Revista Crescer sobre crianças com deficiências.
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