EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA DIFERENCIADA E INTERCULTURAL ENTRE OS GUARANI MBYÁ DO RIO DE JANEIRO: O LEGITIMO E O REAL
DOI:
https://doi.org/10.12957/periferia.2015.21968Resumo
Katia Antunes Zephiro, Norielem de Jesus Martins
DOI: 10.12957/periferia.2015.21968
Este artigo aborda o processo de construção da educação escolar diferenciada indígena no Rio de Janeiro na atualidade. A partir de um breve histórico dessa construção apontamos as principais demandas de educação escolar nas comunidades indígenas Guarani Mbyá no Estado, buscando compreender quem são estes sujeitos, de onde falam, a forma com que se relacionam e pensam a organização do tempo escolar a partir de sua própria concepção de educação. Discutiremos de que forma a interculturalidade pode se fazer presente na construção de um currículo decolonial, que valorize diferentes saberes em sua concepção. Neste intuito, consideramos essencial uma análise da vulnerabilidade social dessas comunidades para que as ações educativas sejam planejadas para fortalecimento intracultural, proporcionando assim a construção de bases para um interculturalismo crítico. Para discutir essa temática dialogaremos com autores do campo da Modernidade, Colonialidade e do interculturalismo crítico, de forma que possamos refletir sobre o atendimento realizado nas comunidades guarani e as necessidades existentes. Consideramos necessário garantir que os conhecimentos Guarani Mbya sejam os condutores do processo educativo e que sejam reconhecidos como saberes/conhecimentos válidos. Compreendemos que fortalecendo as relações intraculturais, ou seja, valorizando e estimulando a temporalidade guarani, pesquisas e vivências entre as comunidades, podemos minimizar os impactos da vulnerabilidade social empoderando esses sujeitos para um diálogo intercultural igualitário, na perspectiva de uma educação libertadora. Por fim faremos uma análise de como ao longo do tempo percebemos avanços e recuos na construção de um projeto público de educação escolar indígena diferenciada, específica, intercultural e bilíngue no Rio de Janeiro, refletindo sobre novas perspectivas para que possamos de fato atender aos anseios e demandas das comunidades Guarani Mbya.
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