“SE UMA DOG PODE APRENDER LIBRAS, VOCÊS TAMBÉM PODEM!” SÉRIO?! / “If a dog can learn Libras, you can too!” Really?!

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/pr.2022.70287

Palavras-chave:

Libras. Ensino-aprendizagem. Análise do Discurso.

Resumo

O presente trabalho, baseado na Análise do discurso (PÊCHEUX, 2009 [1988], 2014 [1990]; ORLANDI, 1984, 2008a, 2008b, 2015b) e na História das Ideias Linguísticas (AUROUX,1992, 1998; ORLANDI, 2008b), constitui-se de um gesto de análise de dizeres sobre aprender e ensinar Língua Brasileira de Sinais inscritos em materiais de divulgação de cursos nas redes sociais. O objeto nele abordado encontra-se no campo das tensões entre os discursos sobre 1) o ensino de Libras e a posição surdo e posição ouvinte no lugar de aprendiz; 2) a Libras sendo significada como língua e/ou linguagem, em um retesamento com a língua oficial brasileira, designada por Língua portuguesa; e 3) os lugares de “autoridade” para ensinar /aprender Libras; 4) as ideias e saberes linguísticos (AUROUX,1992) materializados no dizer do lugar da influencer surda. Verificou-se também o funcionamento do discurso digital, conforme Dias (2018). O gesto analítico chegou, por meio da paráfrase (ORLANDI, 2015a), a averiguar a circulação de saberes e ideias linguísticas sobre as línguas de sinais e sua aprendizagem.  Com isso, visamos contribuir para o campo de modo a produzir deslocamentos de saberes e formas de ensinar Libras, considerando um confronto entre-línguas do/no Brasil que reverbera na relação entre língua, sujeito e ensino.

Biografia do Autor

Rogério Toscano da Silva, Instituto Nacional de Educação de Surdos

Mestrando em Educação Bilíngue pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES); pós-graduado em Língua portuguesa: leitura e escrita no ensino de surdos pelo INES (2020); graduado em Letras (Português e Literaturas de língua portuguesa) com láurea acadêmica pela UFF (2018); graduado em Ciências Econômicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2002) e em Ciências Contábeis pelo Centro Universitário Celso Lisboa (2001). Experiência na área de Letras, com ênfase em ensino de português para surdos e como facilitador de treinamentos em grandes empresas, atuando principalmente nos seguintes temas: EAD, organização, técnicas de estudo e administração do tempo.

Livia Letícia Belmiro Buscácio, Instituto Nacional de Educação de Surdos

Graduada em Letras (Português-Literaturas) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004), mestra em Literatura Brasileira e Teorias da Literatura pela Universidade Federal Fluminense (2007), doutora em Estudos da Linguagem pelo Instituto de Letras da UFF (2014), com pós-doutorado em Letras- Linguística pelo Programa de Pós-graduação em Letras da UERJ (2021). Em 2013, realizou estágio de doutorado sanduíche na Université de la Sorbonne Nouvelle - Paris 3. É pesquisadora dos grupos: "Discursividade, língua e sociedade", “ArteGestoAção” e vice-líder do “Núcleo de Estudos em Língua e Discurso”. Desde 2007, leciona no Instituto Nacional de Educação de Surdos, atuando com estudantes surdos na educação básica, ministra cursos de formação para professores sobre educação com surdos e atua na pós-graduação lato e stricto sensu, sendo professora efetiva do Mestrado Profissional em Educação bilíngue. Tornou-se mãe em 2015 e adere ao Parents in science.

 

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Publicado

2022-11-28

Como Citar

da Silva, R. T., & Buscácio, L. L. B. (2022). “SE UMA DOG PODE APRENDER LIBRAS, VOCÊS TAMBÉM PODEM!” SÉRIO?! / “If a dog can learn Libras, you can too!” Really?!. Pensares Em Revista, 25(25), 34–57. https://doi.org/10.12957/pr.2022.70287

Edição

Seção

DOSSIÊ 25 - LÍNGUAS DE SINAIS: TRAVESSIAS LINGUÍSTICAS, LITERÁRIAS E ARTÍSTICAS / SIGN LANGUAGES: LINGUISTIC, LITERARY A