Gramaticalização da preposição “para” no português falado no Rio de Janeiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2018.36608

Palavras-chave:

gramaticalização, preposições, variação linguística, erosão.

Resumo

Resumo: O presente artigo tem como objetivo argumentar em favor de que a preposição para esteja passando por um processo de gramaticalização. Para tanto, baseia-se nos princípios estabelecidos por Meillet (1912), Kurylowicz (1965), Givón (1979), Lehmman (1982) e Heine (1993), os quais defendem que nesse processo estejam presentes fenômenos como, erosão fonética, coalescência, abstração e generalização; fenômenos que podem ser observados na preposição em análise. Com a finalidade de exemplificar e ratificar o argumento de que essa preposição está passando por um processo de mudança, foi feito um levantamento das ocorrências da citada preposição, em suas formas plena e reduzida, no corpus do projeto Norma Linguística Urbana Culta do Rio de Janeiro (NURC/RJ). O que se pôde concluir a partir dessa análise é que a redução da preposição mencionada é maior quando esta apresenta conteúdo semântico mais abstrato, ratificando a argumentação de que esteja ocorrendo um processo de gramaticalização.

Biografia do Autor

Maurício Rubens de Carvalho Guilherme, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

Graduado em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais (2008). Mestre em Linguística Teórica e Descritiva na área de Sintaxe Formal pela Universidade Federal de Minas Gerais, defesa (2012) Doutorando em Linguística teórica e Descritiva na área de Variação e Mudança.

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Publicado

2019-04-28

Como Citar

Guilherme, M. R. de C. (2019). Gramaticalização da preposição “para” no português falado no Rio de Janeiro. Palimpsesto - Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Letras Da UERJ, 17(28), 398–414. https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2018.36608