Samba, cachaça e viola: patrimônio cultural e memória linguística em forma de canção

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2018.36018

Palavras-chave:

Samba chula, Línguas africanas, Oralidade, Patrimônio Cultural, Memória linguística.

Resumo

Este artigo tem por objetivo analisar a canção Samba, cachaça e viola, de autoria do sambador João do Boi e gravada pelo grupo Samba Chula de São Braz, buscando refletir sobre como a poética oral do grupo trabalha com a memória para o fortalecimento da identidade e da valorização étnico-racial por meio do samba de roda, Patrimônio Histórico Cultural Imaterial da Humanidade, e das influências das línguas africanas nos falares das sambadeiras e sambadores de roda na letra da cantiga. A metodologia empregada sustenta-se em uma abordagem qualitativa para a pesquisa, através de descrição linguística dos dados, revisão da literatura pertinente para tratar do tema da pesquisa e análise dos recursos linguísticos. De acordo com os resultados obtidos, as influências das línguas africanas estão presentes no léxico e em aspectos morfo-sintáticos, comprovando a manutenção da memória linguística e a afirmação da identidade étnico-racial dos falantes do Recôncavo.

Biografia do Autor

Daisy Cordeiro, Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Estudo de Linguagens (PPGEL) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior/Demanda Social (CAPES/DS). Graduada em Letras com habilitação em Língua Portuguesa e Literaturas pela UNEB. Tem foco na área da Sociolinguística Interacional.

Lúcia Maria Parcero, Universidade do Estado da Bahia

Doutora em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), professora titular da Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

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Publicado

2019-04-28

Como Citar

Cordeiro, D., & Parcero, L. M. (2019). Samba, cachaça e viola: patrimônio cultural e memória linguística em forma de canção. Palimpsesto - Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Letras Da UERJ, 17(28), 259–277. https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2018.36018