Nabokov revisitado: tradução e alteridade na fronteira entre biografia e ficção

Autores

  • Suzana Fuentes Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Resumo

O presente estudo, partindo da leitura dos contos russos de Vladimir Nabokov e de sua tradução para o inglês pelo autor, assim como de sua autobiografia escrita em inglês, pretende concentrar-se na análise do espaço fronteiriço entre o memorialista e o ficcionista. Espaço provocado em Nabokov por sua constante reescritura de si mesmo. Nabokov, visto em vários momentos, é o autor exilado na Berlim do pós-guerra, recriando a sua São Petersburgo e sua infância na cidade que o acolhe, o tradutor que, trinta, quarenta anos mais tarde, na América, retoma os textos para confrontá-los com uma nova língua, uma nova cultura - um sujeito, enfim, por tantas perdas, multiplicado. Aqui, a tradução compreendida também como passagem entre gêneros, como peregrinação entre vida e ficção, nos permite contemplar a especificidade do desterro em Nabokov: a de transitar entre o memorialista e o ficcionista, a de ser aquele que se escreve na sua autobiografia e aquele que se inscreve na sua ficção

Biografia do Autor

Suzana Fuentes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Doutoranda em Literatura Comparada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

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Publicado

2018-06-29

Como Citar

Fuentes, S. (2018). Nabokov revisitado: tradução e alteridade na fronteira entre biografia e ficção. Palimpsesto - Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Letras Da UERJ, 4(4), 43–56. Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/palimpsesto/article/view/35554

Edição

Seção

Dossiê