Eça de Queirós e as tendências do fim do século; um diálogo com Antero de Quental

Autores

  • Silvio Cesar dos Santos Alves UERJ

Palavras-chave:

Sincretismo, Crise, Humanismo

Resumo

Para Antero de Quental, uma visão completa da realidade deveria considerar seus aspectos mais diversos, em vez sonegar suas contradições. Em seus textos filosóficos, Antero irá apontar o sincretismo como o passo inicial de uma evolução da humanidade rumo à santidade, alcançada graças à soberania da razão e da consciência nos atos humanos. Eça de Queirós, que, na juventude, compartilhara com Antero essa crença positivista no poder da razão e da consciência de garantirem ao homem o “Bem” absoluto, em textos como Positivismo e Idealismo e O “Bock Ideal” revela-se bem mais crítico em relação aos pressupostos do positivismo. Nas obras publicadas ou escritas nas décadas de 80 e 90, será possível notar sua adesão a certa forma de sincretismo estético, como o pregado por Antero, mas, ao contrário do amigo, Eça reconhecerá que a consciência está sujeita a equívocos e que a crença na sua infalibilidade pode levar o homem a prejuízos incontornáveis.

Biografia do Autor

Silvio Cesar dos Santos Alves, UERJ

Mestre em Literatura Portuguesa, Doutorando em Literatura Comparada, UERJ

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Publicado

2018-07-02

Como Citar

Alves, S. C. dos S. (2018). Eça de Queirós e as tendências do fim do século; um diálogo com Antero de Quental. Palimpsesto - Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Letras Da UERJ, 8(9), 1–16. Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/palimpsesto/article/view/35138

Edição

Seção

Estudos livres