ULANO MALTA: A TENSÃO ENTRE PÚBLICO E PRIVADO NO ROMANCE UM RIO CHAMADO TEMPO, UMA CASA CHAMADA TERRA, DE MIA COUTO

Autores

  • Gabriela Rocha Rodrigues Universidade Federal do Rio Grande do Sul CNPq
  • Lúcia Sá Rebelo Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Palavras-chave:

Nação, Identidade, Estado pós-colonial

Resumo

Este artigo analisa as tensões entre o público e o privado vivenciadas pelo personagem Fulano Malta da obra Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra (2002), do moçambicano Mia Couto, a partir das considerações sobre o Estado pós-colonial feitas por Partha Chatterjee. Segundo este autor, o nacionalismo anticolonial cria seu próprio campo de soberania no interior da sociedade colonial, cindindo o mundo das instituições e práticas sociais em dois domínios: o material (externo) e o espiritual (interno). O primeiro representa as práticas políticas, econômicas, científicas e tecnológicas e configura o campo de domínio do colonizador. No segundo plano encontram- se as marcas essenciais da identidade cultural, como a religião, a família e a língua, irredutíveis ao controle da administração colonial. No Estado pós- colonial este conflito permanece, fragmentando as identidades individuais.

Biografia do Autor

Gabriela Rocha Rodrigues, Universidade Federal do Rio Grande do Sul CNPq

Doutoranda em Letras – UFRGS - Bolsista CNPq

Lúcia Sá Rebelo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutora em Letras-UFRGS

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Publicado

2016-06-15

Como Citar

Rodrigues, G. R., & Rebelo, L. S. (2016). ULANO MALTA: A TENSÃO ENTRE PÚBLICO E PRIVADO NO ROMANCE UM RIO CHAMADO TEMPO, UMA CASA CHAMADA TERRA, DE MIA COUTO. Palimpsesto - Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Letras Da UERJ, 15(22), 122–137. Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/palimpsesto/article/view/34998