Entre Apolo e Dioniso: o pathos da tentação em “A imitação da rosa”, de Clarice Lispector.

Autores

  • Diego Diniz UERJ

Palavras-chave:

apolíneo, dionisíaco, Clarice Lispector, Nietzsche.

Resumo

Este artigo constitui uma leitura do conto “A Imitação da Rosa”, do livro Laços de Família, de Clarice Lispector, publicado pela primeira vez em 1960. A partir da dicotomia discutida por Friedrich Nietzsche entre o espírito apolíneo e o espírito dionisíaco, em O Nascimento da Tragédia, obra de 1872, procurar-se-á depreender o pathos encetado em Laura, personagem principal do conto, que parece dividir-se entre forças antagônicas que a conduzirão, por fim, após um intenso processo dialético interior, de volta a um estado psíquico do qual recém saíra. A maior parte das leituras realizadas sobre este conto refere-se a este estado de espírito como loucura. Sem discordar totalmente desta visão, o artigo propõe que se veja no estado de suposta insanidade da personagem uma possível analogia à ideia de super-humanidade, formulação filosófica também ligada ao pensamento nietzschiano.

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Publicado

2013-06-10

Como Citar

Diniz, D. (2013). Entre Apolo e Dioniso: o pathos da tentação em “A imitação da rosa”, de Clarice Lispector. Palimpsesto - Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Letras Da UERJ, 12(16), 103–119. Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/palimpsesto/article/view/34846

Edição

Seção

Estudos livres