Direitos Reprodutivos e Colonialidade de Gênero na América Latina: A Instrumentalização Internacional das Políticas de Controle Populacional do Governo Fujimori l Derechos Reproductivos y Colonialidad de Género en América Latina: La Instrumentalización Internacional de las Políticas de Control de Población del Gobierno de Fujimori

Autores

  • Eduarda Racoski Cortelini Universidade Federal de Santa Maria
  • Renata Rodrigues Marques Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.12957/neiba.2021.58897

Palavras-chave:

Direitos Reprodutivos, Colonialidade de Gênero, Governo Fujimori.

Resumo

Este trabalho objetiva analisar a responsabilidade da Organização das Nações Unidas (ONU) nas políticas de controle demográfico que resultaram na esterilização forçada de mulheres indígenas rurais no governo de Alberto Fujimori (1990-2000), no Peru. Busca-se compreender como esforços internacionais de controle populacional para América Latina influenciaram em políticas públicas de esterilização forçada de mulheres, no Peru, promovendo políticas de branqueamento populacional. Este Estudo de Caso utiliza-se da Análise de Discurso de documentos da ONU e do governo peruano, a fim de argumentar que essas organizações, utilizando-se pautas feministas, serviram enquanto instrumento da colonialidade de gênero, esterilizando sistematicamente mulheres rurais e indígenas. Resultados demonstram que Fujimori teve atuação em conferências internacionais, e que as Nações Unidas foram instrumento para essas políticas. Conclui-se que esforços internacionais para o controle demográfico na América Latina convergiram com o programa peruano, e que esse arranjo resultou na esterilização forçada de aproximadamente 200 mil mulheres.

Palavras-chave: Direitos Reprodutivos; Colonialidade de Gênero; Governo Fujimori.

RESUMEN

Este trabajo tiene la intención de analizar la responsabilidad de la Organización de las Naciones Unidas (ONU) en las políticas de control demográfico que resultaron en la esterilización de mujeres indígenas rurales bajo el gobierno de Alberto Fujimori (1990-2000), en Perú. Se trata de comprender cómo los esfuerzos internacionales de control poblacional para América Latina incidieron en las políticas públicas de esterilización forzada de mujeres en el Perú.  Este Estudio de Caso utiliza el Análisis del Discurso de documentos de la ONU y del gobierno peruano, teniendo la hipótesis de que esas organizaciones, utilizando lineamientos feministas, sirvieron como un instrumento de colonialidad de género, esterilizando sistemáticamente a mujeres rurales e indígenas. Los resultados demuestran que Fujimori ha trabajado en conferencias internacionales y que las Naciones Unidas ha sido un instrumento para esas políticas. Se concluye que los esfuerzos para controlar la demografía en América Latina convergieron con el programa peruano, y que ese arreglo resultó en la esterilización forzada de aproximadamente 200 mil mujeres.

Palabras Clave: Derechos Reproductivos; Colonialidad de Género; Gobierno de Fujimori.

 

Recebido em: 03/04/2021 | Aceito em: 13/09/2021.

 

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Publicado

2021-11-30

Como Citar

Cortelini, E. R., & Marques, R. R. (2021). Direitos Reprodutivos e Colonialidade de Gênero na América Latina: A Instrumentalização Internacional das Políticas de Controle Populacional do Governo Fujimori l Derechos Reproductivos y Colonialidad de Género en América Latina: La Instrumentalización Internacional de las Políticas de Control de Población del Gobierno de Fujimori. Revista Neiba, Cadernos Argentina Brasil, 10(1), e58897. https://doi.org/10.12957/neiba.2021.58897

Edição

Seção

DOSSIÊ | DOSSIER SIMPORI 2020