Política Externa é Política Pública: reflexões sobre a política externa brasileira

Autores

  • Danielle Costa da Silva Instituto de Estudos Sociais e Políticos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP-UERJ)

DOI:

https://doi.org/10.12957/neiba.2015.13715

Palavras-chave:

Política Externa Brasileira, atores políticos, determinantes domésticos

Resumo

A partir do entrelaçamento entre o nível doméstico e o nível internacional, a política externa deve ser considerada como sendo uma política pública, uma vez que ela passa pelo processo de politização de agenda e conta com a participação de atores não estatais. Trazendo a teoria para o caso da política externa brasileira, será discutido como o deslocamento do Itamaraty do centro exclusivo das decisões, o aumento da politização da agenda e da participação de outros atores, convergem para tornar a política externa mais transparente e democrática, como, por exemplo, através da criação do Conselho Nacional de Política Externa.

Biografia do Autor

Danielle Costa da Silva, Instituto de Estudos Sociais e Políticos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP-UERJ)

Doutoranda e Mestre em Ciência Política no Instituto de Estudos Sociais e Políticos, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP-UERJ). Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pesquisadora do Laboratório de Análise Política Mundial - LABMUNDO

Referências

CARVALHO, Maria Izabel V. de. (2003). “Estruturas Domésticas e Grupos de Interesse: A Formação da Posição Brasileira para Seattle” In. Contexto Internacional, vol. 25, nº2, pp. 363-401.

CONECTAS DIREITOS HUMANOS. (2014). “Sinais de avanços em transparência e participação na política externa”. 21/02/2014. Disponível em: http://www.conectas.org/pt/acoes/politica-externa/noticia/13976-sinais-de-avancos-em-transparencia-e-participacao-na-politica-externa

GR-RI. (2014). “Carta entregue ao ex-chanceler Antonio Patriota, durante a Conferência, pelo Grupo de Reflexões em Relações Internacionais”. In. MARINGONI, Gilberto; SCHUTTE, Giorgio Romano; BERRON, Gonzalo (ORGs). 2003-2013 Uma Nova Política Externa. Tubarão: Ed. Copiart.

GR-RI. (2014). “A criação do Conselho Nacional de Política Externa fortalece o Itamaraty e consolida a inserção soberana do Brasil no Mundo”. In. Carta Capital. 10/09/2014. Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/blogs/blog-do-grri/conselho-nacional-de-politica-externa-fortalece-o-itamaraty-8986.html

HART, Paul; STERN, Eric K.; SUNDELIUS, Bengt. (1997). “Foreign Policymaking at the Top Political Group Dynamics”. In. HART, Paul; STERN, Eric K.; SUNDELIUS, Bengt (ed.). Beyond Group Think. Michigan, The University of Michigan Press, pp. 3-34.

HILL, Christopher. (2003). The Changing Politics of Foreign Policy. Nova York: Palgrave Macmillan.

INGRAM, Helen M.; FIEDERLEIN, Suzanne L. (1988). “Traversing Boundaries: a Public Policy Approach to the Analysis of Foreign Policy”. Political Research Quarterly, vol. 41, nº 4, pp.725-745.

KEOHANE, Robert O.; MILNER, Helen V. (ed.). (1996). Internationalization and Domestic Politics. Cambridge: Cambridge University Press.

LIMA, Maria Regina Soares de. (2005). “A política externa brasileira e os desafios da cooperação Sul-Sul”. In. Revista Brasileira de Política Internacional. nº48 (I): 24-59.

MELLO E SOUZA, André. (2012). “Saúde pública, patentes e atores não estatais: a política externa do Brasil ante a epidemia de AIDS”. In. MILANI, Carlos R. S. PINHEIRO, Letícia (orgs). Política externa brasileira: As práticas da política e a política das práticas. Rio de Janeiro: Editora FGV, pp.203-240.

MILANI, Carlos R. S. (2012). “Atores e agendas no campo da política externa brasileira de direitos humanos”. In. MILANI, Carlos R. S. PINHEIRO, Letícia (orgs). Política externa brasileira: As práticas da política e a política das práticas. Rio de Janeiro: Editora FGV, pp.33-70.

__________________. PINHEIRO, Letícia. (2013). “Política Externa Brasileira: Os Desafios de sua Caracterização como Política Pública”. In. Contexto Internacional. Rio de Janeiro, vol. 35, nº 1, janeiro/junho, p. 11-41.

MILNER, Helen V. (1997). “Actors’ Interests, Policy Preferences, and the Demand for International Cooperation”. Interests, Institutions and Information, Domestic Politics and International Relations. Princenton University Press, pp.33-66.

PATRIOTA, Antonio de Aguiar. (2013). “Diplomacia e democratização”. In. Política Externa. Vol. 22, nº2, Outubro/Novembro/Dezembro, pp.9-16.

PUTNAM, Robert D. (2010). “Diplomacia e Política Doméstica: a lógica dos jogos de dois níveis”. In. Revista Sociologia Política, Curitiba, vol.18, nº 36, junho, pp. 147-174.

SILVA, Alex Giacomelli da. (2005). “Poder Inteligente – A Questão do HIV/AIDS na Política Externa Brasileira”. In. Contexto Internacional. Rio de Janeiro, vol. 27, nº 1, janeiro/junho, pp.127-158.

SALOMÓN, Mónica; PINHEIRO, Letícia. (2013). “Análise de Política Externa e Política Externa Brasileira: trajetória, desafios e possibilidades de um campo de estudos”. In. Revista Brasileira de Política Internacional. Vol. 56 (1): pp. 40-59.

TEIXEIRA, Ana Claudia Chaves. (2002). “A Atuação das Organizações Não Governamentais: entre o Estado e o Conjunto da Sociedade”. In. DAGNINO, Evelina (org.). Sociedade Civil e Espaços Públicos no Brasil. São Paulo: Paz e Terra, pp.105-142.

WALTZ, Kenneth N. (1996). “International Politics is not Foreign Policy”, in Security Studies, 6, nº1, pp. 54-57.

Downloads

Publicado

2015-08-31

Como Citar

Costa da Silva, D. (2015). Política Externa é Política Pública: reflexões sobre a política externa brasileira. Revista Neiba, Cadernos Argentina Brasil, 4(1), 13–23. https://doi.org/10.12957/neiba.2015.13715

Edição

Seção

ARTIGOS | ARTICLES