Atenção conjunta e transversalidade no toque do maracatu de baque virado

Autores

  • Mariana Avillez Doutoranda em Psicologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ.
  • Virgínia Kastrup Professora Titular no Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ.

DOI:

https://doi.org/10.12957/mnemosine.2023.76207

Palavras-chave:

Maracatu de Baque Virado, Atenção Conjunta, Transversalidade.

Resumo

O maracatu de baque virado é uma manifestação cultural afro-indígena brasileira que tem sido estudada pela musicologia e pelas ciências humanas e sociais. O presente artigo tem como objetivo analisar algumas práticas de atenção produzidas nos cortejos de maracatu e sua relação com a construção de um comum no espaço público. As relações atencionais são analisadas em uma rede heterogênea composta pelo batuque, a dança, os instrumentos e o entorno. Tomamos como referência a abordagem da ecologia da atenção de Citton, bem como as ideias de Guattari e Simondon. Utilizando a cartografia como método de pesquisa-intervenção, destacamos uma qualidade de atenção conjunta a qual denominamos “pressão”, dedicada ao manejo metaestável de “sustentação do baque”, responsável por “não o deixar arriar” e por “fazer vadiar com gosto”. Concluímos sugerindo que os cortejos de maracatu de baque virado nas ruas podem suscitar uma ecologia de práticas promotoras de saúde no espaço público.  

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Publicado

2023-05-25

Como Citar

Avillez, M., & Kastrup, V. (2023). Atenção conjunta e transversalidade no toque do maracatu de baque virado. Mnemosine, 19(1). https://doi.org/10.12957/mnemosine.2023.76207

Edição

Seção

Artigos