Dos crimes-sem-razão às razões do eugenismo: racismo de Estado e psiquiatria na origem do conceito de Biopolítica em Michel Foucault

Autores

  • Raphael Thomas Ferreira Mendes Pegden Formado em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, mestre em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e pesquisador doutorando do Programa de Pós-Graduação de Filosofia da Universidade de Estado do Rio de Janeiro.
  • Arthur Arruda Leal Ferreira Doutor em Psicologia (Psicologia Clínica) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1999). Realizou Pós-Doutorado na UNED (Madrid) em 2010 sobre História da Psicologia e na Universidad Janveriana (Bogotá) em 2014 sobre Produção de Subjetividade, sendo apoiado pela CAPES nos dois pós-doutorados. É Professor Titular da UFRJ.

DOI:

https://doi.org/10.12957/mnemosine.2021.62167

Palavras-chave:

Psiquiatria, racismo de Estado, Biopolítica

Resumo

No presente artigo pretendemos apresentar as críticas de Michel Foucault aos modos de articulação entre psiquiatria e poder a partir das análises que se estendem do período de 1973 até 1976, incluindo, principalmente, a obra História da sexualidade: a vontade de saber (1976) e os cursos O poder psiquiátrico (1973-74), Os anormais (1974-75) e Em defesa da sociedade (1975-76). Pesquisando sobre o modo pelo qual a psiquiatria do século XIX e do início do século XX relacionou instinto e hereditariedade a partir da teoria da degenerescência, Foucault pôde conceber essa forma de saber como uma tecnologia biopolítica inserida nas relações de poder próprias do racismo de Estado.

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Publicado

2021-09-17

Como Citar

Pegden, R. T. F. M., & Ferreira, A. A. L. (2021). Dos crimes-sem-razão às razões do eugenismo: racismo de Estado e psiquiatria na origem do conceito de Biopolítica em Michel Foucault. Mnemosine, 17(2). https://doi.org/10.12957/mnemosine.2021.62167

Edição

Seção

Parte Especial - Dossiê Biopolítica: a proliferação de um conceito raro