Imagens da memória entre Roberto Bolaño e Walter Benjamin

Marcelo Santana Ferreira

Resumo


O presente artigo é uma problematização da memória a partir do romance Amuleto de Roberto Bolaño, escritor chileno contemporâneo, e da concepção de história materialista em Walter Benjamin, em conexão com uma abordagem política da memória e da subjetividade em psicologia social. O propósito do artigo é defender uma concepção de memória que se relaciona com o tempo histórico decorrido, na articulação de um rastro que merece a atenção do presente. A personagem que ocupa o lugar de narradora no romance de Bolaño enfrenta dificuldades para estabelecer uma narrativa coerente e linear sobre a vivência traumática que experimentou na invasão militar de 1968 na Universidade Nacional Autônoma do México. No entanto, as dificuldades não são impeditivas para o empreendimento de um testemunho, que se subsidia na memória do passado e dos tempos vindouros, expressão do estatuto resistente e sobrevivente da recordação e da tarefa ética da literatura.

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DOI: https://doi.org/10.12957/mnemosine.2020.57667

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