Rachando o campo psi-jurídico: pistas para (des)caminhos formativos
DOI:
https://doi.org/10.12957/mnemosine.2020.57661Resumo
O artigo apresenta desdobramentos da pesquisa de doutorado, na qual foram estudados os encontros entre psicólogos, assistentes sociais e defensores públicos na Defensoria Pública do estado de São Paulo. Utilizando-se da pesquisa-intervenção como estratégia metodológica, acompanharam-se diferentes arranjos organizacionais que possibilitaram se deparar com modalidades diversas de interprofissionalidade. Em diálogo com o pensamento foucaultiano e com a filosofia da diferença, serão apresentadas experiências que sinalizam a emergência das dimensões “entre” e coletivas das práticas na Defensoria Pública paulista. Evidenciou-se que é justamente no front desterritorializado desse inédito combate – dessas outras modulações de encontro – que ganham relevo as forças mais que as formas e fôrmas, a intensidade, ao invés da identidade. Os itinerários de formação acompanhados na pesquisa abriram caminhos para problematizar a noção de campo psi-jurídico como unidade fechada e identitária e para pensar nas interferências que supõem o permanente exercício do entre posições e possibilitam o jogo da diferenciação.