Como conchas à beira-mar: fragmentos de vida

Autores

  • Maria Kamila Vilela de Souza Universidade Federal do Espírito Santo
  • Leila A. Domingues Machado Universidade Federal do Espírito Santo

DOI:

https://doi.org/10.12957/mnemosine.2020.52699

Palavras-chave:

loucura, narrativa, cidade, clínica

Resumo

Andamos pela cidade, tomamos um café na varanda, conhecemos vidas que a sociedade tentou apagar. Vidas marcadas por internações manicomiais e que foram durante muitos anos caladas. Durante encontros semanais em uma casa na cidade de Cariacica – ES, conversamos com alguns senhores e em alguns momentos escutamos histórias de vida, geralmente narrativas fragmentadas feitas de vestígios e, nesse trabalho, contamo-las: são nossas conchas. Amadoramente fotografamos pedaços, restos e expressões. Compomo-nos junto, nos misturamos e sentimos. Aqui são apresentadas poucas palavras que narram vidas, que narram histórias, que narram o cotidiano. Habitamos essa casa, mas também caminhamos, pois entendemos a cidade como lugar de potência, de criação e de desconstrução – somos andarilhos da beira da praia. Sim, a praia, mais precisamente a água nos acompanhará nesse percurso. As ondas nos guiam, o mar nos fortalece, a areia nos tira do conforto.

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Publicado

2020-07-13

Como Citar

Souza, M. K. V. de, & Machado, L. A. D. (2020). Como conchas à beira-mar: fragmentos de vida. Mnemosine, 16(1). https://doi.org/10.12957/mnemosine.2020.52699