As vidas das mulheres infames: biografemas e escrita de outras histórias em políticas públicas

Autores

  • Raquel Rodrigues Bierhals
  • Luciano Bedin da Costa

Palavras-chave:

infâmia, mulheres, Assistência Social, escrita, biografemas

Resumo

Este artigo parte de escutas e vivências de uma psicóloga junto à rede da assistência social de um munícipio do interior do Rio Grande do Sul – RS. Parte-se do desejo de tecer histórias com mulheres que vivenciam os serviços desta rede, pensando suas escritas com contornos éticos-estéticos-políticos que uma vida pede. Fazendo uso de Michel Foucault, toma-se a vida destas mulheres a partir do conceito de infame. Trata-se de vidas silenciosas ou gritantes, de mulheres que ocupam o território da invisibilidade, tornando-se por vezes aquelas de quem se fala mal, criando-se uma espécie de fama chamuscada ou di/famação, por pequenas faltas desenhadas no cotidiano dos serviços e da rua. A noção de biografema é aqui sustentada como superfície possível para que tais vidas e afetos possam se fazer presentes, no encontro entre a trabalhadora psi e as vozes/corpos destas mulheres.

 

Biografia do Autor

Raquel Rodrigues Bierhals

Psicóloga e mestranda em Psicologia Social e Institucional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.

Luciano Bedin da Costa

Psicólogo, doutor em educação e docente no Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social e Institucional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.

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Publicado

2019-10-17

Como Citar

Bierhals, R. R., & Costa, L. B. da. (2019). As vidas das mulheres infames: biografemas e escrita de outras histórias em políticas públicas. Mnemosine, 15(1). Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/mnemosine/article/view/45980

Edição

Seção

B - Dispositivos de formação em saúde e políticas de escrita/narratividade