A acumulação dos homens e o governo dos pobres: a emergência da vida nas ruas como objeto de precarização

Autores

  • Diego Arthur Lima Pinheiro Universidade Federal do Espírito Santo

Palavras-chave:

mecanismos de governo, genealogia da pobreza, subjetividade

Resumo

Este artigo apresenta um estudo das relações de poder que, historicamente, têm destituído a vida na rua de sua força de existir, produzindo-a como algo da ordem do indigno. Atentamos assim para transformações radicais de práticas políticas e econômicas que se instalaram nas sociedades ocidentais por volta do século XV, favorecendo a emergência de uma população forjada sob o signo do pauperismo e que passará, de forma majoritária, a fazer das ruas espaço de moradia e de sustento. Na caracterização desta passagem, partimos de Marx e das práticas de acumulação primitiva a fim de pensar a noção de pauperismo que irá se generalizar pela Europa Ocidental até o século XVIII, fazendo aparecer as ruas como atreladas a uma população miserável que se deve administrar. Neste ponto, veremos com Foucault como conjuntos de técnicas e procedimentos destinados a governar essa população começam a assumir contornos e a despontar no horizonte.

 

Biografia do Autor

Diego Arthur Lima Pinheiro, Universidade Federal do Espírito Santo

Doutor e Mestre em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal Fluminense. Professor do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Espírito Santo. Psicólogo pela Universidade Federal do Espírito Santo.

Downloads

Publicado

2018-11-19

Como Citar

Pinheiro, D. A. L. (2018). A acumulação dos homens e o governo dos pobres: a emergência da vida nas ruas como objeto de precarização. Mnemosine, 14(1). Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/mnemosine/article/view/41696

Edição

Seção

Artigos