Uma análise do discurso da loucura na escrita autobiográfica de Maura Lopes Cançado

Autores

  • Leísa Ferreira Amaral Gomes Universidade Federal de Minas Gerais
  • Maria Stella Brandão Goulart Universidade Federal de Minas Gerais

Palavras-chave:

loucura, literatura, Maura Lopes Cançado

Resumo

O presente trabalho analisa o discurso da loucura na obra autobiográfica Hospício é Deus, de Maura Lopes Cançado. Analisar um discurso implica em articular texto e contexto. Para tal, a autora é colocada em foco, a partir de sua experiência como mulher subalternizada, em um determinado contexto histórico, articulado ao contexto da história das instituições psiquiátricas.  Seu livro-denúncia prenuncia a reforma psiquiátrica brasileira. Em seu diário, Maura se vê às voltas com questões relacionadas a ser louca. Descreve o hospício, as mulheres internadas, as relações com médicos, enfermeiras e funcionárias, os tratamentos e os maus-tratos. A loucura desafia sua compreensão e a visão inicial do hospício como um lugar fora do mundo não encontra ressonância em um cotidiano institucional opressivo, que ela passa a denunciar.

 

Biografia do Autor

Leísa Ferreira Amaral Gomes, Universidade Federal de Minas Gerais

Graduada em Psicologia e Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre em Psicologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFMG. 

Maria Stella Brandão Goulart, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutora em Ciências Humanas: Sociologia e Política. Departamento de Psicologia da UFMG.

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Publicado

2018-12-05

Como Citar

Gomes, L. F. A., & Goulart, M. S. B. (2018). Uma análise do discurso da loucura na escrita autobiográfica de Maura Lopes Cançado. Mnemosine, 14(2). Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/mnemosine/article/view/41682

Edição

Seção

Artigos