O dentro e o fora da prisão: criminalizações, burocratizações, estatizações da vida e a produção do cuidado “pós-muros”.

Autores

  • Maria Márcia Badaró Bandeira Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Bianca Sippli Fischer Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Patronato, assistência, egresso

Resumo

O presente artigo se propõe a fazer uma breve análise dos processos que compõem e atravessam a assistência às pessoas egressas do sistema prisional em livramento condicional, em cumprimento de pena no regime aberto e/ou de penas restritivas de direito. Essa análise se faz a partir da experiência de um estágio profissional de psicologia em um Patronato, unidade da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro para assistência a essas pessoas. Propomos ampliar algumas análises referentes à temática do cuidado “pós-muros”, chamando a atenção para os processos de despotencialização da população atendida e dos trabalhadores do Patronato. Dentre esses processos incluem-se a criminalização da população pobre, o assistencialismo herdado da cultura judaico-cristã e a burocratização dos processos de trabalho, além de uma preponderância de políticas estatais que reforçam os efeitos do capitalismo neoliberal junto à população pretensamente assistida. A produção de tais processos justifica as apostas dessa escrita.

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Publicado

2014-12-05

Como Citar

Bandeira, M. M. B., & Fischer, B. S. (2014). O dentro e o fora da prisão: criminalizações, burocratizações, estatizações da vida e a produção do cuidado “pós-muros”. Mnemosine, 10(2). Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/mnemosine/article/view/41625

Edição

Seção

Artigos