Riso e saúde: saberes e práticas sobre palhaços

Autores

  • Tiago Cassoli
  • Sonia Aparecida Moreira França

Palavras-chave:

saúde, riso, hospitais

Resumo

A proposição deste artigo é apontar como campo de problematização a presença dos palhaços em organizações hospitalares, pois entendemos que tais intervenções visam a produção de ofertas de conteúdos relacionados às práticas discursivas da psicologia e da medicina, e que os efeitos de objetivação destas ações oferecem novas materialidades para os atuais processos de subjetivação dos indivíduos e para o surgimento de formas de racionalidades políticas - conceito que Foucault lança para pensar os saberes que se propõem a um governo das condutas humanas. Para essa discussão, tomamos, como material de análise, as práticas discursivas da psicologia e da medicina a respeito dos palhaços que respondem a certas demandas das organizações não governamentais. Essas práticas surgem na década de 1980, nos Estados Unidos da América, e, a partir dos anos 1990, consolidaram-se nos hospitais do Brasil e em vários outros países do mundo. Trabalharemos, pois, neste texto, com a hipótese de que o riso emerge nestas intervenções como elemento de uma estratégia de governança das condutas humanas em que a atuação do palhaço é estratégica para o processo de humanização da saúde.

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Publicado

2012-12-17

Como Citar

Cassoli, T., & França, S. A. M. (2012). Riso e saúde: saberes e práticas sobre palhaços. Mnemosine, 8(2). Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/mnemosine/article/view/41567

Edição

Seção

Artigos