Maternidade e amamentação: engrenagens político-sociais na fabricação de famílias desviantes

Autores

  • Débora Augusto Franco

Palavras-chave:

maternidade, amamentação exclusiva, processos de subjetivação, tutela estatal.

Resumo

O presente artigo constitui uma das linhas de análise realizada durante o curso de mestrado junto ao Instituto de Psicologia da Universidade Federal Fluminense (RJ).
Trata-se de colocar em debate a produção social de uma ideia de maternidade/ família que, calcada no modelo nuclear burguês, produz modos de ser, pensar e agir no meio intrafamiliar. Neste caso, ressaltamos o papel da mulher/mãe junto aos programas de amamentação - política pública de atenção à saúde articulada pelo Programa de Saúde da Família e sua relação com uma certa produção social de um modelo hegemônico de maternidade. Para isso, foi feita uma pesquisa-intervenção junto aos profissionais de um Programa de Saúde da Família (PSF) localizado no município de Barra Mansa, interior do estado do Rio de Janeiro. Utilizando-se da perspectiva foucaultiana, pensamos as estratégias estatais como atreladas às relações de poder - relação de forças imanentes materializadas em práticas, técnicas, disciplinas presentes em todo o corpo social de
forma dispersa e inapreensível materialmente, envolvendo igualmente dominadores e dominados. A partir daí, parte-se para repensar a relação entre Estado e políticas públicas de orientação às famílias.

Biografia do Autor

Débora Augusto Franco

Docente no Centro Universitário Geraldo di Biase (UGB) e na Faculdade Sul Fluminense (FaSF)

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Publicado

2013-09-25

Como Citar

Franco, D. A. (2013). Maternidade e amamentação: engrenagens político-sociais na fabricação de famílias desviantes. Mnemosine, 9(1). Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/mnemosine/article/view/41547

Edição

Seção

Artigos