A questão da cidadania e da liberdade nos processos da reforma psiquiátrica: novas possíveis práticas de governamentalidade

Autores

  • Arthur Arruda Leal Ferreira
  • Karina Lopes Padilha
  • Miriam Starosky

Palavras-chave:

governamentalidade, história da Psiquiatria, Reforma Psiquiátrica

Resumo

A partir do trabalho genealógico de Foucault sobre as práticas de governo, entendidas como formas de condução da conduta alheia, abre-se um campo possível para o estudo do surgimento e das transformações dos saberes psicológicos e psiquiátricos. Aqui teríamos dois marcos: 1) no século XVI, surgem técnicas de governo baseadas no disciplinamento, o “Estado de polícia”; e 2) no século XVIII, novas tecnologias de governo em referências liberais. Neste último marco, a psicologia passa a ter especial importância no século XX, atuando especificamente em sociedades democráticas, não somente através da disciplinarização dos indivíduos, mas principalmente através da liberdade e da atividade destes. Nosso objetivo é avaliar as práticas e conceitos de cidadania e liberdade no contexto de alguns processos de Reforma Psiquiátrica, especialmente a italiana e a brasileira. Para tal, sustentamos a hipótese de que co-existem neste campo não apenas os antigos dispositivos disciplinares e a resistência a estes, mas modos liberais de gestão.

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Publicado

2010-12-09

Como Citar

Ferreira, A. A. L., Padilha, K. L., & Starosky, M. (2010). A questão da cidadania e da liberdade nos processos da reforma psiquiátrica: novas possíveis práticas de governamentalidade. Mnemosine, 6(2). Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/mnemosine/article/view/41506

Edição

Seção

Artigos