Subjetividade capitalística e sexualidade contemporânea: construindo um sentido

Autores

  • Paulo Roberto de Carvalho

Palavras-chave:

capital, subjetividade, sexualidade

Resumo

As sociedades contemporâneas, inscritas no modo de produção capitalista, estão envolvidas em um processo de subjetivação, ou seja, de produção continuada de modos de pensar, de sentir, de avaliar, que se revertem na manutenção desta mesma ordem social. Um dos processos mais evidentes no contexto da subjetivação é a valoração de diferentes aspectos da vida a partir da quantificação econômica, de forma que o próprio capital torna-se doador de valor e de sentido para diferentes domínios da vida. A existência torna-se unidimensional, perdendo a complexidade à medida que substitui os múltiplos sistemas de valor pela valoração capitalista. Também a sexualidade inscreve-se na subjetivação capitalística: por um lado, ela comparece associada às mercadorias numa infinidade de peças publicitárias; por outro, permanentemente associada ao universo das mercadorias, acaba por adquirir algumas das suas qualidades. É nesse contexto que se verifica o aumento das relações amorosas de curta duração, relações descartáveis.

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Publicado

2009-12-09

Como Citar

Carvalho, P. R. de. (2009). Subjetividade capitalística e sexualidade contemporânea: construindo um sentido. Mnemosine, 5(2). Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/mnemosine/article/view/41438

Edição

Seção

Artigos