O Reconhecimento da Alteridade e o Mito da Indiferenciação: perspectivas sobre o desenvolvimento infantil

Autores

  • Pedro Salem

Palavras-chave:

alteridade, indiferenciação, desenvolvimento

Resumo

O debate acerca do reconhecimento da alteridade por recém-nascidos tem tradicionalmente ocupado os esforços investigativos de diferentes teorias psicológicas. O presente artigo tenciona examinar duas posições prevalentes, discriminando-as no contexto da psicologia do desenvolvimento. De um lado, defende-se a hipótese de que bebês nascem num estado de indiferenciação com o ambiente e incapazes de discriminar entre estímulos internos e externos. Essa capacidade discriminatória estaria condicionada a um processo de construção progressiva e seria dependente de marcos específicos do desenvolvimento. De outro, sustenta-se que bebês nascem equipados com um senso de self rudimentar (self ecológico) e capazes de reconhecer o próprio corpo em ação como uma entidade organizada e diferenciada do ambiente. Dessa perspectiva, a habilidade para o reconhecimento da alteridade se daria muito precocemente na vida infantil. Após o exame dos principais argumentos que sustentam as posições citadas, pretende-se ainda descrever como promovem dois modos distintos de compreender a imitação neonatal.

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Publicado

2006-12-30

Como Citar

Salem, P. (2006). O Reconhecimento da Alteridade e o Mito da Indiferenciação: perspectivas sobre o desenvolvimento infantil. Mnemosine, 2(2). Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/mnemosine/article/view/41406

Edição

Seção

Artigos