Medicalização do corpo na infância – Considerações acerca do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade

Autores

  • Mariana de Araujo Fiore

Palavras-chave:

medicalização, infância, processo de produção de subjetividade

Resumo

É inquietante o número crescente de diagnósticos infantis, principalmente o que chamamos de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. Podemos dizer que este diagnóstico tem se alastrado de forma generalizada e implica, entre outras coisas, a medicalização das crianças que são nomeadas por ele. Este artigo traz alguns aspectos para a reflexão em torno do fenômeno contemporâneo da medicalização e seus desdobramentos na infância. Procura ressaltar como a produção de diagnósticos está atrelada ao uso de novas tecnologias do corpo e tem atravessado o espaço escolar, sem que seus profissionais tenham tempo e ferramentas teóricas adequadas para a sua abordagem e compreensão. A prática da medicalização infantil faz parte de um discurso biológico presente nas ciências da saúde e consolidado pelo saber médico, discurso esse que tem atravessado a instituição escolar, o nosso dia-a-dia, a forma como nos relacionamos e aprendemos, ou seja, construindo novos paradigmas subjetivos. Deparamo-nos aqui com uma pergunta: por que medicalizar se tornou mais uma urgência contemporânea?

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Publicado

2005-11-25

Como Citar

Fiore, M. de A. (2005). Medicalização do corpo na infância – Considerações acerca do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. Mnemosine, 1(1). Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/mnemosine/article/view/41373

Edição

Seção

Artigos