Tradições Discursivas e os assentos de casamentos do sertão do São Francisco dos setecentos e oitocentos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/matraga.2023.68687

Palavras-chave:

Assento de casamento, Tradição Discursiva, Filologia.

Resumo

O propósito deste trabalho consiste em examinar assentos de casamentos, escritos em língua portuguesa, de duas freguesias do Sertão do Rio São Francisco dos séculos XVIII e XIX, para investigar o percurso sócio-histórico desse gênero como prática discursiva, levando em conta a tradicionalidade tipológica e a tradicionalidade discursiva transportadas ao longo do tempo. Ao adotar a base teórico-metodológica dos parâmetros das Tradições Discursivas (KOCH, 1997; KOCH; OESTERREICHER, 2013; KABATEK, 2006; 2008; 2018; SIMÕES; COSTA, 2009; SIMÕES, 2017; LONGHIN, 2014; ANDRADE; GOMES, 2018) e a interface necessária entre a Filologia/Crítica Textual (SPINA, 1977; CAMBRAIA, 2005) e a Diplomática (BELLOTTO, 2002), vislumbrou-se a partir da reflexão sobre determinadas regularidades que remetem a formas textuais das Ordenações do Sagrado Concílio Tridentino (1545-1563), do Rituale Romanum (1614) e das Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia (1719), atestar a hipótese de que a identificação de uma tradição discursiva é uma particular combinação de elementos em um texto (BIBER, 1988).

 

Biografia do Autor

Lécio Barbosa de Assis, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

É professor da rede estadual de ensino do Estado da Bahia no município de Bom Jesus da Lapa-BA. Doutorando e Mestre em Linguística pelo Programa de Pós-graduação em Linguística da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-UESB. Atua principalmente na área de (Sócio) Linguística Histórica, Filologia/Crítica Textual e Paleografia, desenvolvendo pesquisas nos se- guintes temas: tradições discursivas e constituição sócio-histórica da língua portuguesa.

Jorge Augusto Alves da Silva, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

É professor pleno de Língua e Literaturas Latinas do Departamento de Estudos Linguísticos e Literários (DELL) da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Professor do quadro efetivo do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Linguística e do Mestrado Acadêmico em Letras (ProfLetras). Doutor em Letras pela Universidade Federal da Bahia. Atualmente, desen- volve estudos sobre a Sócio-história do Português do Brasil, com ênfase no Português Popular (urbano, rural, rurbano, afro-brasileiro, variedades de minorias, incluindo línguas-de-santo e de manifestações linguísticas de religiões de matriz africana).

Vera Pacheco, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

É professora plena na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista/BA. Atua no programa de pós-graduação acadêmico em Linguística e no programa de pós-gradua- ção profissional do PROFLETRAS. É doutorada pela Unicamp e pós-doutora pela Unesp-Ara- raquara. Atua principalmente nas áreas de fonética e fonologia, desenvolvendo pesquisas nos seguintes temas: análise acústico e perceptual de línguas naturais; os gestos enquanto manifesta- ções prosódicas; fonética/ fonologia e alfabetização; aspectos fonéticos e fonológicos da leitura.

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Publicado

2023-02-24

Como Citar

Assis, L. B. de, Silva, J. A. A. da, & Pacheco, V. (2023). Tradições Discursivas e os assentos de casamentos do sertão do São Francisco dos setecentos e oitocentos. Matraga - Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Letras Da UERJ, 30(58), 59–72. https://doi.org/10.12957/matraga.2023.68687

Edição

Seção

Estudos Linguísticos