Sob o signo de Janus: dois rios em dois tempos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/matraga.2023.68423

Palavras-chave:

Literatura brasileira, João Guimarães Rosa, Grande sertão, veredas.

Resumo

Proponho uma leitura do Grande sertão: veredas a partir da analogia entre dois eventos fundamentais do livro: a travessia do rio de-Janeiro rumo ao São Francisco, realizada na infância de Riobaldo, ocasião do primeiro encontro com Diadorim, e a batalha final no Paredão, após a travessia do Liso do Sussuarão. Os episódios possuem continuidade simbólica e constituem pontos de partida privilegiados para a compreensão do cará- ter dos três personagens cujos destinos são indissociáveis no romance: Riobaldo, Hermógenes e Diadorim.

Biografia do Autor

Daniel Cavalcanti Atroch, Universidade de São Paulo (USP)

É doutor em Letras pelo Programa de Pós-Graduação do Departamento de Teoria Literária e Li- teratura Comparada (DTLLC) da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP). Interesses de pesquisa: Literatura Brasileira (autores da geração de 1945 até os dias de hoje, como Guimarães Rosa, Osman Lins, Hilda Hilst e Lourenço Mutarelli); Literatura e Psicologia (enfocando o processo de individuação); Literatura Compa- rada (sobretudo o desenvolvimento do mito de Fausto nas obras de Goethe, Kafka e G. Rosa) e Criação Literária (mobilizando clube de leitura, sequência didática e laboratório literário). Suas principais publicações são: O diabo encerrado nos causos (O eixo e a roda – UFMG, 2019); O pacto de silêncio na estória de Maria Mutema (Magma – USP, 2019); O Fausto kafkiano: análise do romance “O castelo” (Porto das letras – UFT, 2021).

Downloads

Publicado

2023-02-24

Como Citar

Atroch, D. C. (2023). Sob o signo de Janus: dois rios em dois tempos. Matraga - Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Letras Da UERJ, 30(58), 129–148. https://doi.org/10.12957/matraga.2023.68423

Edição

Seção

Estudos Literários