O metro dos tristes
DOI:
https://doi.org/10.12957/matraga.2023.67968Palavras-chave:
Torquato Neto, Tropicalismo, Poesia marginal, Morte, Suicídio.Resumo
O ensaio propõe uma hipótese de leitura da obra poética de Torquato Neto (1944-1972) a partir da pulsão de morte presente em seus textos e letras de música. Parte-se da premissa de que o autor piauiense faz uso do desencaixe em seus textos como espelho do entrelugar (conceito de Silviano Santiago que exploraremos ao longo da argumentação) que ocupa biograficamente no movimento Tropicalista de que participou com Caetano Veloso, Gilberto Gil, Capinam e outros. A fixação de Torquato pela imagem de vampiros também será abordada como anunciação não apenas da morte fetichizante (ao gosto dos românticos do século XIX), mas também como o entrelugar de sua orientação sexual – além da evidente associação do morto-vivo com o tema central do ensaio: a morte. A condução do argumento será feita em diálogo com o poema “Deus Verme”, do poeta paraibano Augusto dos Anjos (1884-1914). Ao abordar a imagem do transformismo e do devorar o corpo morto, o poema compõe sua exaltação à decomposição, feito um suicida que exalta a pró- pria possibilidade do fim – como é o caso de Torquato Neto.
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